Preços do mercado imobiliário na região são proibitivos, diz superintendente da empresa
A Lojas Cem, de eletrodomésticos e móveis, tradicionalmente opta pela compra dos imóveis onde instala suas unidades. Mesmo estando menos suscetível às variações do aluguel a longo prazo — os contratos são reajustados em períodos de cerca de três anos dependendo do local —, a empresa não deixou de sentir a alta de preços do mercado imobiliário.
Prova disso é que a rede quer chegar a novas praças, caso de Campinas e Jundiaí, mas não consegue. “Os preços são proibitivos”, diz José Domingos Alves, superintendente geral da companhia. “Mas não desistimos. Ficamos esperando que surja uma oportunidade, mesmo que por anos”. Segundo Alves, há quem tenha perdido a “noção” de valores — caso de proprietários de imóveis em cidades com 50 mil habitantes que pedem valores equivalentes ao de construções que estejam em municípios dez vezes mais populosos.
Enquanto espera por oportunidades nas cidades mais caras, a empresa prepara a inaugurações em municípios onde a valorização existe, mas é “aceitável” do ponto de vista da planilha de custos.Em2012 estão previstas dez novas lojas na rede, muitas no interior de São Paulo. No entanto, a companhia deve comprar mais do que uma dezena de imóveis, já que a cúpula sabe onde abrirá novos pontos no próximo ano. “Temos o privilégio de ter recursos em caixa”, diz Alves.
O executivo percebeu certa estagnação no mercado de imóveis em 2012. Segundo ele, há uma paralisação em vez de briga por determinado local. “Antes, mesmo com preço alto, alguém ficava com o ponto. Agora, se um não compra, ninguém compra”, disse. Mesmo que o preço seja fundamental na aquisição do ativo, no entanto, Alves diz que o desempenho do segmento no local e a localização da concorrência são fundamentais para a escolha.
Veículo: Brasil Econômico