Entre janeiro e junho, subsidiária local faturou ¤ 6,15 bilhões, 7,7% a mais em relação a 2011; no mundo, receita subiu 0,5%
O Brasil respondeu por 14% das vendas globais do Carrefour no primeiro semestre deste ano, umaligeira alta de 0,6 ponto percentualemrelação aomesmoperíodo em 2011. O país foi citado como destaque no relatório global de vendas da rede mesmodepois de protagonizar algumas escorregadas no último ano, como o fracasso da tentativa de união como Grupo Pão de Açúcar e o fechamento de algumas unidades.
A maior rede varejista da Europa dependeu da Ásia e da América Latina para assegurar os resultados positivos até a metade do ano. No semestre, as vendas no Brasil cresceram 7,7%, para ¤ 6,15 bilhões, sem os efeitos cambiais e sem considerar receita com a venda de combustíveis. No critério mesmas lojas (abertas há um ano), o aumento foi de 7%.
Mundialmente, as vendas do grupo tiveramalta de 0,5% no semestre, para¤43,68 bilhões, também sem considerar efeitos cambiais e a comercialização de combustível. Em mesmas lojas, as vendas caíram 0,5% no período.
Fim de namoro
No ano passado, a varejista francesa participou do plano do empresário Abilio Diniz de unir as operações brasileiras do Carrefour ao Pão de Açúcar. A ideia, entretanto, fracassou em julho de 2011. Na ocasião, o também francês Casino, acionista majoritário do Pão de Açúcar e arquirrival do Carrefour na França, se opôs ao negócio.
Mesmo depois da negativa, o Carrefour ainda concentra expectativas no país e afirmou que não fechou nenhuma loja neste ano. Pelo contrário, a empresa contabiliza a inauguração de quatro pontos de venda do Atacadão, que conta com 85 unidades e é a menina dos olhos da rede no país. Além disso, o grupo mantém 103 Carrefour Hipermercado e 41 Carrefour Bairro.
Os negócios em solo tupiniquim ganham destaque enquanto os números da Europa traduzem as dificuldade financeiras do continente. Espanha e Itália responderam pelas maiores quedas no semestre, de 5,9% e 3,4%, respectivamente.
A chegada de Georges Plassat, um veterano do varejo que assumiu o comando da empresa em maio, aumentou as esperanças de que o Carrefour poderá finalmente sair de anos de baixo desempenho nos mercados europeus, onde os hipermercados foramprejudicados pela concorrência de lojas especializadas e tendência de compras online.
O novo executivo, contudo, enfrenta a dura tarefa contra umcenário de fraca economia. Varejistas emgrande parte da Europa estão sofrendo à medida que a renda dos consumidores é apertada por aumentos de preços, salários estáveis e medidas de austeridade do governo,coma confiança prejudicada pela crise da dívida na zona do euro.
Veículo: Brasil Econômico