Quatro anos após entrar em operação no país, o site de comércio eletrônico do Walmart no Brasil deve chegar a um faturamento bruto de R$ 1,5 bilhão neste ano, apurou o Valor com fontes ligadas à empresa. Dessa forma, a operação de comércio eletrônico da varejista deve ficar no grupo das cinco maiores do país neste ano.
Análises internas da companhia coloca o site na quarta posição do ranking geral do setor estimado para este ano, ocupado pelas empresas B2W (Submarino, Americanas.com, Shoptime, entre outros) Nova Pontocom (Casas Bahia e Ponto Frio), Compra Fácil e Magazine Luiza, nesta ordem. Em 2011, o site do Magazine Luiza vendeu R$ 820 milhões, alta de 44% em relação ao ano anterior. Se, numa análise otimista, a rede repetir essa taxa em 2012 (a empresa não faz previsões), terá faturado R$ 1,2 bilhão em sua operação de comércio eletrônico em 2012 - abaixo do valor previsto pelo Walmart.
Líder do setor e atravessando uma delicada fase desde o ano passado, a B2W apurou receita bruta de R$ 4,7 bilhões em 2011, seguida cada vez mais de perto pela Nova Pontocom, com R$ 3,5 bilhões em vendas no ano passado, e Compra Fácil, site com vendas estimadas de R$ 2 bilhões neste ano.
Para ganhar mercado nos últimos anos, o site do Walmart - que opera dentro da política comercial do "preço baixo todo dia", existente nas lojas tradicionais - tem adotado postura agressiva em promoções desde que foi criado, em 2008. Pesquisas de preços de empresas como Buscapé e Bondfaro têm mostrado, frequentemente, a empresa no grupo dos sites com preços mais combativos. No mês passado, as vendas do site cresceram 60% em relação ao mesmo período do ano passado.
Essa questão ligada às promoções mais agressivas no segmento e a chegada da operação da americana Amazon, no país neste ano, têm pautado as discussões no mercado hoje. A guerra de preços atingiu níveis elevados a ponto de a Nova Pontocom, dias atrás, ter comunicado ao setor a adoção de uma nova postura.
O comando da Nova Pontocom informou, no fim de julho, que iria abrir mão de vendas para proteger rentabilidade, evitando entrar numa batalha de preços com a concorrência. "Estamos fazendo escolhas, de gerar caixa e ter lucro. Então vamos abrir mão um pouquinho do crescimento de vendas temporariamente", disse na época Gérman Quiroga, presidente-executivo da Nova Pontocom.
Veículo: Valor Econômico