Calu deve faturar R$ 135 mi neste ano

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Além da diversificação da linha de produtos, abertura de loja irá contribuir para a expansão dos negócios.


A Cooperativa Agropecuária Ltda de Uberlândia (Calu) deverá encerrar este ano com incremento de 10% no faturamento, estimado em R$ 135 milhões. Além da diversificação da linha de produtos, a abertura de mais uma loja irá contribuir para a expansão dos negócios. O investimento no novo empreendimento foi da ordem de R$ 500 mil.

De acordo com o presidente da Calu, Cenyldes Moura Vieira, a abertura da nova unidade, a segunda da associação em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, se deu após a demanda pelos produtos, principalmente insumos, superar a capacidade de atendimento da primeira loja.

Além da unidade voltada para os consumidores finais, no espaço também estão localizados os armazéns para a estocagem de ração e materiais para a indústria de leite longa vida. No local os consumidores encontrarão, além dos insumos agropecuários, produtos da linha da Calu, como queijos, manteiga, leite, entre outros.

"A demanda pelos nossos produtos é grande e por isso resolvemos investir em uma nova unidade de varejo com um formato diferenciado das demais, onde o consumidor tem acesso às gôndolas para adquirir o item desejado. Pretendemos implantar esse sistema nas demais unidades de vendas", diz.

A nova loja da Calu terá cerca de 4,9 mil metros quadrados, sendo 3,6 mil metros quadrados de área coberta. Com um espaço amplo e localização estratégica oferecerá pelo menos 2 mil itens entre produtos veterinários, agrícolas, ferramentas em geral, rações, sais minerais, lácteos Calu e setor de vestuário.

Expectativa - Desde a inauguração da primeira loja em Uberlândia, houve um crescimento expressivo nas vendas. No ano passado foi identificada a necessidade de mudanças para atender melhor a clientela e impulsinar as vendas, visto que a estrutura atual, principalmente no que tange à entrega de rações, não comportava mais o volume de operações. A expectativa é de que o faturamento mensal da nova unidade alcance cerca de R$ 500 mil.

Ainda segundo o presidente, o objetivo é o crescimento contínuo e sustentável das Lojas Calu. "Havendo oportunidades e condições favoráveis, certamente buscaremos novos mercados, e até mesmo novos negócios, para nossa expansão. Estamos com o firme propósito de nos especializar para tornarmos referência no varejo agropecuário", ressalta.

Além das duas unidades em Uberlândia, a Calu conta com outras quatro lojas agropecuárias localizadas em Monte Alegre de Minas, Tupaciguara, Gurinhatã e Ituiutaba, ambas no Triângulo Mineiro.

Importação - Segundo Vieira, o segmento lácteo vem enfrentando vários problemas que podem interferir negativamente no faturamento das indústrias e dos produtores. O aumento das importações de leite provenientes da Argentina e do Uruguai tem contribuído para a expansão da oferta de produtos no mercado interno e para a conseqüente retração de preços, o que gera redução das margens de lucro tanto das indústrias lácteas como dos produtores.

A alta dos custos, devido ao encarecimento dos insumos utilizados na alimentação dos rebanhos, principalmente milho e soja, tem alavancado os gastos do setor, que não consegue repassá-los na sua totalidade para o consumidor final.

"Nos últimos meses vivemos um momento desfavorável com os custos em alta e os preços estabilizados devido aos estoques altos nos supermercados. Ao longo do segundo trimestre, como a demanda pelos produtos lácteos foi menor, não tivemos como repassar parte do aumento para os consumidores. Neste mês percebemos uma leve melhora na demanda, que pode ter ocorrido pela redução dos estoques, por isso acreditamos que nos próximos meses haverá uma recuperação", avalia.


Veículo: Diário do Comércio - MG


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