Walmart pisa no freio e prevê abrir menos lojas em 2013

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Varejista vai priorizar migração do sistema de 400 de suas 550 lojas no Brasil, mas não descarta novas aquisições


O Walmart vai colocar o pé no freio no seu processo de abertura de lojas no Brasil em 2013, disse ontem o presidente do Walmart Brasil, Marcos Samaha, em Porto Alegre. A varejista americana, que cresceu no Brasil com aquisições e abriu cerca de 50 lojas por ano em 2011 e 2012, vai focar na padronização dos sistemas no ano que vem.

O grupo deve fechar 2012 com cerca de 550 pontos de venda em todo o País. Segundo Samaha, o Walmart centrará seus esforços em implementar um sistema único nos pontos de venda, substituindo os existentes desde a aquisição do Sonae do Brasil e da rede BomPreço. A primeira loja que passou por essa migração começou a operar ontem, em Curitiba. No total, 400 unidades da rede passarão pela alteração.

Samaha disse que a estratégia de crescimento mais lento nos pontos de venda não afeta, necessariamente, a possibilidade de aquisição de novos varejistas. "A expansão do Walmart é baseada na abertura de novas lojas e em aquisições. Só não vamos ter o estômago maior do que o cérebro", disse. Ou seja, a rede não deve fazer compras apenas para ter uma participação de mercado maior,

O executivo também comemora o bom desempenho da estratégia comercial "Preço baixo todo dia", adotada em 2011 no Brasil e que prevê a manutenção de preços menores constantemente, em vez da realização de megapromoções.

Segundo Samaha, a mudança de posicionamento é responsável pelo crescimento de 6,5% no tíquete médio das vendas no segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2011. Ele não disse, no entanto, qual é o valor médio gasto nas lojas.

"É a prova numérica de que o cliente gosta", avalia. Sem citar números, Samaha disse que a implementação do sistema melhorou o uso dos centros de distribuição e a relação com os fornecedores e que o market share avançou, considerando o critério mesmas lojas.

Crédito. Samaha diz ser favorável à queda dos juros, mas criticou a necessidade de arcar com os custos de financiamentos sem juros no cartão. Ele diz que o custo já é pago pelo grupo e que uma nova taxa, por parte dos bancos, deve acabar com a modalidade. "O Brasil é o único país que tem isso. É bom que o Banco Central sinalize que isso é absurdo."


Veículo: O Estado de S.Paulo


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