Walmart recorreu a suborno no México, diz NYT

Leia em 1min 40s

O Walmart recorreu ao suborno para conseguir a liberação de imóveis em regiões nobres e assim inaugurar 19 lojas no México, conforme investigação do jornal americano The New York Times. Os subornos foram realizados pela Walmex, afiliada mexicana da varejista americana.

O jornal publicou em abril que o Walmart havia encoberto uma investigação interna sobre pagamento de propinas na Walmex. No mês passado, a divisão anticorrupção do México informou não ter encontrado irregularidades nas licenças obtidas pela companhia no país, mas que duas auditorias ainda permaneciam em aberto.

A reportagem do The New York Times, publicada na segunda-feira no site do jornal, detalha os 19 casos específicos em que a empresa teria pago propinas para financiar sua expansão no país. Os supostos pagamentos teriam sido relacionados a licenças ambientais e leis de zoneamento que poderiam impedir a Walmex de abrir as lojas.

Uma das 19 unidades que o jornal cita foi construída perto das ruínas de Teotihuacan, uma parque arqueológico que fica 48 quilômetros ao Norte da Cidade do México. Em 2004, quando a Walmex anunciou os planos de erguer a loja, uma onda de protestos foi deflagrada pela opinião pública mexicana, em defesa do patrimônio histórico nacional.

Em comunicado divulgado na noite de segunda-feira, o porta-voz da companhia, David Tovar, disse que o Walmart já estava analisando as denúncias publicadas pelo jornal, como parte de uma investigação iniciada há mais de um ano sobre possíveis violações da lei americana de práticas de corrupção no exterior.

"Agora, a investigação ainda está em curso e nós não chegamos às conclusões finais", disse Tovar, acrescentando que a companhia tem tomado medidas para melhorar seus programas de adequação a regras (também conhecido como compliance).

Em novembro, o Walmart afirmou que incluiria as filiais do Brasil, China e Índia na investigação interna sobre denúncias de subornos. Na ocasião, o vice-presidente financeiro e outros funcionários na unidade indiana da varejista também foram suspensos como parte da investigação.


Veículo: O Estado de S.Paulo


Veja também

Parceria com Wal-Mart dá à Facebook músculo publicitário

A ação da Facebook Inc. subiu mais de 50% desde seu ponto mais baixo, em setembro. Mas saber se a empresa ...

Veja mais
Coop oferece vagas de trabalho

A Coop - Cooperativa de Consumo está disponibilizando vagas de emprego em diversos setores, unidades e funç...

Veja mais
Assaí vai investir R$ 1 bilhão em 3 anos

Rede pretende inaugurar cerca de 60 unidades, duplicando número de lojas A ascensão da classe C tem leva...

Veja mais
Abilio Diniz perde apoio no conselho do Pão de Açúcar

Proposta do empresário de levar companhia ao Novo Mercado só teve apoio da família Medir for&ccedi...

Veja mais
Casino derruba propostas de Abilio Diniz no conselho

Atualizada às 10h10. A reunião do conselho de administração do Grupo Pão de Aç...

Veja mais
Extra projeta avanço de 20%

A rede supermercadista Extra prevê um aumento de 20% nas vendas de protetores e bloqueadores solares nesse ver&ati...

Veja mais
Diniz fica de fora de comitê do Pão de Açúcar

Rejeitado pelo conselho do grupo, Abilio Diniz fica fora de comitêsO conselho de administração do P&...

Veja mais
Extra aposta na venda de roupas

O Extra está se desdobrando para acabar com o tabu de que roupa vendida em supermercado é de má qua...

Veja mais
Conselho do Pão de Açúcar rejeita propostas de Abilio

O conselho de administração do Pão de Açúcar rejeitou a proposta de Abilio Diniz para...

Veja mais