Os supermercados paulistas registraram faturamento 12% maior em março, quando comparado com o mesmo mês do ano passado, de acordo com levantamento da Associação Paulista de Supermercados (Apas). Em relação a fevereiro o faturamento cresceu 18,1%. Para 2013, o crescimento projetado para os supermercados no Estado de São Paulo é de 5% em relação a 2012.
No primeiro trimestre deste ano, as vendas reais no conceito de mesmas lojas (as que estão em operação no tempo mínimo de 12 meses) aumentaram 6,5% frente ao mesmo intervalo de 2012. Os dados foram deflacionados pelo IPCA/IBGE.
No conceito de todas as lojas, a elevação em março foi de 13% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com fevereiro de 2013, as vendas tiveram alta de 18,65%. No acumulado de janeiro a março, contra o mesmo período do ano anterior, a elevação foi de 7,18%. O faturamento nominal do setor pelo critério todas as lojas subiu 19,39% em março face igual mês do ano passado. Em relação a fevereiro deste ano, a elevação foi de 18,66%. De janeiro a março de 2013 os supermercados paulistas tiveram vendas nominais de 13,27%, quando comparadas ao mesmo período de 2012.
No conceito de todas as lojas, a associação registra altas de 20,51%, 19,21% e 14%, respectivamente, na comparação anual, mensal e trimestral. O gerente do departamento de Economia e Pesquisa da APAS, Rodrigo Mariano, observa que a alta acumulada no primeiro trimestre de 6,5% supera a meta da entidade. Segundo ele, a associação irá acompanhar os próximos meses para verificar se esta aceleração do crescimento do setor supermercadista se sustentará.
Líder
Enquanto saem resultados de vendas e projeções do setor, a empresa francesa Casino, controlador do Grupo Pão de Açúcar (GPA), entrou com um novo pedido de arbitragem contra o sócio Abilio Diniz. No documento enviado à Câmara de Comércio Internacional os franceses questionam a existência de conflito no acúmulo de funções por parte de Diniz, já que ele agora preside os conselhos de administração do GPA e da BRF, um dos maiores fornecedores da varejista.
Outra pendência da empresa diz respeito aos produtos de marca própria Casino. A companhia poderá ter de devolver à França alguns dos produtos alimentícios trazidos ao Brasil com sua marca. Por uma disputa judicial com a marca Cassino, da brasileira Casa Patriarca, já perderam o direito de vender alguns produtos no País, sob risco de multa diária de R$ 50 mil. Há um pedido de análise dos direitos sobre a marca no Fórum João Mendes.
Veículo: DCI