A Península, empresa de investimentos da família Diniz, anunciou uma reestruturação societária que separou a participação de Abilio Diniz no Grupo Pão de Açúcar (GPA) das fatias que seus familiares têm na empresa. Com isso, as ações preferenciais no GPA passam a ficar diretamente sob posse dos membros da família, não alterando a participação deles no capital do grupo.
Pelo definido, as fatias que Abilio Diniz, Ana Maria Diniz, João Paulo Diniz, Pedro Paulo Diniz, Adriana Falleiros Diniz, Rafaela Diniz e Miguel Diniz tinham na Península foram canceladas e restituídas por meio de transferência em ações preferenciais do GPA.
Com essa migração, a participação de Abilio Diniz no GPA em ações preferenciais (sem direito a voto), separada dos demais, equivale hoje a 7,91 milhões de papéis (40,8% da fatia total da família). Os outros integrantes ficaram com pouco mais de 1,9 milhão de PNs cada um. Todos os membros são donos de 19,37 milhões de PNs.
Não há mudanças na participação dos Diniz no GPA, mantendo fatia de 8,8%, equivalente a R$ 1,8 bilhão, com base na cotação das PNs na sexta-feira. A participação de Abilio, com base nessa cotação, equivale a R$ 738,5 milhões.
Nos últimos dias, circularam no mercado informações de que Abilio poderia vender suas ações do GPA e, com os recursos, comprar uma fatia minoritária do Carrefour no Brasil por meio de uma colocação privada ("private placement"). Abilio, por meio de sua assessoria, nega "veementemente" um projeto nesse sentido.
Veículo: Valor Econômico