Expectativa é que, até 2016, dez pontos de venda estejam funcionando em Minas Gerais
Há 26 anos no mercado, a mineira Decisão Atacarejo, com cinco lojas concentradas na Capital e municípios do entorno, investe R$ 15 milhões, ao longo dos próximos dois anos, na consolidação de um ambicioso projeto de expansão. O montante, que será financiado com recursos próprios e de outros investidores, destina-se prioritariamente à construção de novas lojas. A expectativa é que, até 2016, dez pontos de venda estejam funcionando em Minas Gerais, inclusive em municípios mais distantes de Belo Horizonte.
Segundo o diretor-administrativo, Leonardo Vilaça Costa, o foco são as cidades-polo mais populosas, onde os moradores ainda são carentes de opções de consumo e, por isso, precisam se deslocar à Capital com freqüência. Ele ressalta que uma parcela do aporte também se direciona a novas contratações, sobretudo na área de televendas, em tecnologia da informação (TI) e melhorias e reformas nos pontos de venda já inaugurados.
A organização finaliza os últimos detalhes da ampliação de sua menor loja, que fica em Santa Luzia (Região Metropolitana de Belo Horizonte - RMBH). A reabertura deve acontecer entre maio e junho e, após a reforma, a unidade passa a abranger uma área de 1.200 metros quadrados, o que corresponde ao triplo do atual tamanho. O estacionamento passa a conta com mais vagas e a equipe de funcionários será duplicada, passando a empregar 60 colaboradores.
A loja de Santa Luzia já não comportava mais o acelerado ritmo de crescimento das vendas. Dessa maneira, a Decisão optou por adquirir o terreno localizado ao lado da operação, com o objetivo de viabilizar a concretização do projeto. "A cidade registra bons índices de crescimento e o ritmo deve se manter, uma vez que ela continua atraindo um elevado volume de investimentos. Este fator beneficia diretamente o nosso negócio", comemora o executivo.
Segundo Costa, o mercado consumidor aquecido, em decorrência do aumento da renda média do brasileiro, ainda é o principal responsável por impulsionar os negócios. O público-alvo é formado por consumidores finais, que recorrem ao atacarejo em busca de uma relação custo/benefício mais vantajosa, por supermercados regionais e outros estabelecimentos, como restaurantes, lanchonetes e padarias. Em média, os pontos de venda concentram uma variedade formada por seis mil itens, distribuídos entre os setores alimentício, limpeza, perfumaria, higiene pessoal e outros.
No último exercício, a empresa registrou alta da ordem de 35%, alcançando um faturamento de R$ 175 milhões. A variação positiva está relacionada à inauguração de uma unidade com 2.500 metros quadrados em Sete Lagoas (região Central). Em 2014, a meta é atingir os R$ 200 milhões, o que corresponde a uma variação positiva de aproximadamente 12% sobre o desempenho de 2013. Dentre os principais desafios, Costa aponta a escassez de mão de obra qualificada e a alta carga tributária. "Nosso mercado é bastante concorrido, mas já acumulamos uma vasta experiência ao longo dos últimos 20 anos, o que nos permite oferecer alguns diferenciais", pondera o diretor.
História - A história da empresa começou com uma única loja localizada na Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas), em Contagem (RMBH). A princípio, ela tinha uma área de apenas 100 metros quadrados e era especializada em bombonière e bebidas. Aos poucos, a empresa foi crescendo, ampliando a primeira unidade, que hoje tem 1.800 metros quadrados, e inaugurando outras. Hoje, ela está presente também no Centro da capital, na região de Venda Nova, Santa Luzia e Sete Lagoas.
A empresa é familiar, mas passa por um processo de profissionalização, que conta com consultoria da Fundação Dom Cabral (FDC). Com isso, sua diretoria executiva passou a mesclar membros da família fundadora a outros profissionais.
Tecnologia - Outro objetivo da empresa é melhorar os seus processos, por meio de recursos tecnológicos. Recentemente, ela investiu cerca de R$ 600 mil em uma parceria com a maisDADOS, companhia especializada em instalação, monitoramento e gestão de banco de dados. "Atualmente, 90% da operação da empresa depende do setor de TI. A parceria traz inovações que otimizam os processos e ajudam a reduzir nossos custos", elogia.
Veículo: Diário do Comércio - MG