Os supermercados do Estado de São Paulo registraram queda nos preços em agosto na comparação com o mês anterior. O Índice de Preços dos Supermercados, calculado pela Associação Paulista de Supermercados (Apas) e Fipe, apresentou em agosto queda de 0,24%.
Esta é a terceira queda consecutiva na comparação com o mês anterior. Em junho, o índice já havia apontado recuo de 0,09% e, em julho, a redução foi de 0,44%. Já no acumulado em 12 meses a alta nos preços atinge 6,51%.
Em nota, a Apas considera que a redução nos preços em agosto foi influenciada pela queda nos preços das frutas, legumes e verduras, que apresentaram retração de 1,60% no mês. "Mesmo diante de um período de estiagem prolongada, o clima com temperaturas mais amenas tem sido favorável para o cultivo e produção destes itens", diz a entidade. "Aliado a isto, a entrada de novas safras no mercado interno tem contribuído para um comportamento favorável nos preços e há um equilíbrio entre a oferta e a demanda dos produtos", acrescentou.
Em agosto, as variações negativas estiveram presentes em 50% dos itens, acima da média, que é de 43,14%.
Entre as maiores quedas do mês de agosto estão batata (-23,64%), escarola (-13,83%) e couve (-12,69%). Já as altas foram lideradas por vagem (+32,92%), quiabo (+28,08%) e berinjela (+27,93%).
Produtos semielaborados (Carnes, Cereais e Leite) apresentaram queda em agosto de 0,84% impactados diretamente pela redução nos preços das carnes bovinas (-0,95%), do feijão (-6,33%) e do arroz (-3,39%). Em 12 meses a elevação dos preços dos semielaborados é de 5,15%.
Já os produtos industrializados caíram 0,18% em agosto. A contribuição negativa esteve relacionada à retração nos óleos (-3,14%) e massa (-0,20%). Em 12 meses a elevação nos preços dos produtos industrializados é de 8,22%.
Os preços das bebidas alcoólicas apresentaram alta em agosto, com variação de 2,01%, reflexo da elevação do preço da cerveja em 2,53%. Em 12 meses a alta nos preços é de 7,16%. As bebidas não alcoólicas registram elevação de 0,50%, diante da alta, principalmente, nos preços de refrigerante (0,73%). Em 12 meses o aumento nos preços é de 9,20%.
Os preços dos produtos de limpeza apresentaram alta de 1,41% impactada pela elevação no preço do sabão em pó (1,72%) e sabão em barra (0,28%). Os artigos de higiene e beleza apontaram queda de 0,22% puxada pela diminuição nos preços das fraldas descartáveis (-3,70%). Em 12 meses, a elevação nos produtos de limpeza e nos artigos de higiene e beleza, respectivamente, foram de 12,37% e 7,89%.
Veículo: A Tarde - BA