Os produtos alimentícios e as bebidas devem manter, neste ano, estável o faturamento da rede catarinense de supermercados Angeloni (a 11ª maior do país).
Se a empresa dependesse do setor de eletrodomésticos, porém, certamente haveria um recuo."Quem vendia muito eletrodoméstico está sofrendo mais. O consumidor está reticente de assumir compromissos de longo prazo", diz o presidente da companhia, José Augusto Fretta.
Cerca de 10% da receita dos supermercados do grupo corresponde a esses produtos. Nos primeiros seis meses deste ano, houve queda de 20% na venda deles.Além de 27 mercados, a empresa tem 24 farmácias e oito postos de combustível. Nesses dois últimos, o desempenho também é estável."Nos postos, houve um período mais difícil, com o aumento dos preços. Mas agora essa alta já foi absorvida."
R$ 2,37 BILHÕES foi o faturamento do grupo no ano passado
9.500 é o número de funcionários
4 são as lojas novas projetadas para os próximos anos, duas no PR e duas em SC
As vendas de eletrodomésticos nas redes Muffato e Coop caíram cerca de 20%. Neste ano, as duas também garantirão seus resultados graças aos alimentos. No Muffato, a perfumaria é outro segmento que tem colaborado.
"Tivemos uma alta de 15%, nessa área, sobretudo em tintura e esmalte. A mulher parece estar frequentando menos o salão e fazendo esses trabalhos em casa", diz o sócio Ederson Muffato.As bebidas, porém, recuaram. "A base do ano passado era alta por causa da Copa.""O consumidor tem feito a substituição de marcas", acrescenta Valdomiro Sanches Bardini, da Coop.
Veículo: Jornal Folha de S.Paulo