O Grupo Pão de Açúcar (GPA) reportou prejuízo líquido consolidado de R$ 583 milhões no segundo trimestre de 2016, ante prejuízo de R$ 13 milhões no mesmo período do ano anterior. No acumulado do primeiro semestre do ano, o prejuízo da companhia chega a R$ 739 milhões ante lucro de R$ 238 milhões dos mesmos meses de 2015.
A companhia reportou também um lucro líquido ajustado dos acionistas controladores, eliminando receitas e despesas extraordinárias, de R$ 3 milhões, queda de 97,9% na comparação anual. Já o prejuízo líquido atribuído aos acionistas controladores foi de R$ 276 milhões ante lucro de R$ 66 milhões no mesmo trimestre de 2015.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do grupo varejista atingiu R$ 279 milhões entre abril e junho, recuo de 59,2% na comparação com os mesmos meses de 2015. Em seis meses, o Ebitda alcançou R$ 737 milhões, redução de 54,8%.
A companhia divulga ainda um Ebitda ajustado, que chegou a R$ 760 milhões no segundo trimestre, diminuição de 1%. No total do primeiro semestre de 2016, o Ebitda ajustado foi de R$ 1,286 bilhão, queda de 27,9% ante 2015.
O GPA já havia divulgado previamente que a receita líquida consolidada do trimestre foi de R$ 16,684 bilhões, crescimento de 5% na comparação com igual período de 2015 considerando ajustes de calendário.
Alimentos - O Grupo Pão de Açúcar reportou prejuízo de R$ 109 milhões no segundo trimestre de 2016 para seu negócio de alimentos. A divisão que inclui as bandeiras Extra, Pão de Açúcar e Assaí reverteu lucro de R$ 102 milhões apurado em igual período do ano anterior.
A companhia divulgou ainda um lucro ajustado do varejo alimentar, eliminando receitas e despesas extraordinárias, dos acionistas controladores. O resultado foi de R$ 93 milhões de lucro, queda de 41,9% na comparação anual. Já o prejuízo líquido atribuído aos acionistas controladores foi de R$ 107 milhões ante lucro de R$ 105 milhões no mesmo trimestre de 2015.
Já o Ebitda em alimentos foi de R$ 300 milhões no segundo trimestre, retração de 37,8%. O Ebitda ajustado a despesas e receitas extraordinárias atingiu R$ 551 milhões no período, queda de 0,5%.
O GPA já havia divulgado previamente que a receita liquida do varejo alimentar foi de R$ 9,735 bilhões, aumento de 11,3% na comparação anual já considerando ajustes para efeitos de calendário.
A margem bruta dessa divisão de alimentos da companhia ficou praticamente estável, queda de 0,1 ponto porcentual, encerrando o trimestre em 24,4%.
CNova - A Cnova, divisão de comércio eletrônico do grupo francês Casino (dono do Pão de Açúcar), informou nesta semana a conclusão das investigações da sua subsidiária brasileira, a Cnova Brasil, sobre irregularidades cometidas por funcionários na gestão de estoques.
A investigação levou a revisões nos balanços de 2015 tanto do Grupo Pão de Açúcar, que controla a CNova, quanto na Via Varejo, que tem participação indireta na companhia.
O Grupo Pão de Açúcar concluiu que as perdas apuradas pela investigação na CNova resultaram em um impacto negativo de R$ 512 milhões no lucro líquido da empresa no ano de 2015. Além disso, o GPA apurou uma perda de R$ 304 milhões em seu patrimônio líquido acumulado.
Veículo: Jornal Diário do Comércio de Minas