Impulsionada pela Nestlé, a iniciativa ganhou escala este ano com a entrada de grandes empresas e ampliou a atuação para outras regiões do país
Com o objetivo de fomentar a reciclagem de embalagens plásticas flexíveis no Brasil, a Nestlé, em parceria com a startup Yattó, especializada em soluções de economia circular e logística reversa, criou um projeto focado em estruturar uma cadeia efetiva para esse tipo de embalagem. Para acelerar e dar escala ao projeto, a companhia convidou outras empresas a se juntarem à essa jornada. Pepsico, Mars e Cargill passaram a integrar a iniciativa em 2022 e o número de embalagens flexíveis recicladas teve um incremento de 3.900%, passando de 5 toneladas, em 2021, para 200 toneladas em 2022.
O marco celebrou o primeiro Comitê Yattó Transforma, no Panela House — espaço de inovação aberta da Nestlé, que fica na sede da companhia na capital paulista. O evento também reuniu especialistas na área de inovação para embalagens e sustentabilidade.
Dos materiais que chegam nas cooperativas atualmente, cerca de 40% são rejeitos, com parte expressiva representada pelas embalagens plásticas flexíveis. Por serem de difícil reciclagem, até há pouco tempo eram enviadas diretamente aos aterros sanitários.
Em 2021, a versão piloto do projeto contou com seis cooperativas que, ao longo de seis meses, registraram o total de 5 toneladas recicladas. Este ano, serão 200 toneladas recicladas em conjunto com 55 cooperativas, localizadas nos Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Isso equivale a 100 milhões de embalagens de chocolate coletadas, redução de emissão de mais de 300 mil kg de CO2 na atmosfera e economia de mais de 1 milhão de litros de água.
“Acreditamos na relevância da colaboração para estruturar a cadeia de reciclagem para as embalagens plásticas flexíveis. Atuando em parceria com outras empresas, o projeto cresce, ganha escala e gera renda às cooperativas e aos catadores, além, claro, de contribuir com o meio ambiente. Nosso próximo objetivo é passar a inspirar integrantes de outros segmentos, não apenas de bens de consumo, a participarem dessa jornada junto conosco para levarmos essas soluções a outras regiões do Brasil”, explica Cristiani Vieira, gerente de Sustentabilidade da Nestlé Brasil.
Após a reciclagem, as embalagens plásticas flexíveis são utilizadas na fabricação de diversos objetos, como mesas, cadeiras, pisos, entre outros, promovendo a circularidade.
“O comitê é um dos momentos que mostramos o resultado do nosso trabalho de estruturação da cadeia de logística reversa das embalagens plásticas flexíveis. Conseguimos bater a meta de reciclar 200 toneladas considerando todas as marcas presentes, o que evidencia a possibilidade de escalarmos o projeto para outras indústrias, tornando a circularidade uma pauta necessária no mercado. Tornamos o desafio possível e, compartilhar isso no Panela, onde tudo começou com a Nestlé, é muito gratificante”, finaliza Luiz Grilo, diretor institucional de Novos Negócios da Yattó.
A iniciativa faz parte da jornada de regeneração da Nestlé e contribui com o compromisso da companhia de reciclar o equivalente a todo o plástico colocado no mercado brasileiro anualmente até 2025.
Redação SuperHiper