Os supermercados de Jundiaí, no interior de São Paulo, começam esta semana a cobrar R$ 0,19 por sacola plástica. O projeto, criado em conjunto pela Associação Paulista de Supermercados (Apas), a prefeitura local e os supermercados, tem o objetivo de inibir o uso abusivo da sacolinha e evitar que 60 toneladas mensais de plástico (ou 20 milhões de sacolas) sejam jogadas no lixo da cidade. Diferentemente de outros programas, como o do Estado do Rio de Janeiro, este não prevê multas aos comerciantes.
"Cerca de 70 empresas de supermercados da cidade, o que equivale a 95% do setor supermercadista local, aderiram espontaneamente ao programa", diz João Galassi, novo presidente da Apas. Dentre os adeptos estão redes nacionais, como o Grupo Pão de Açúcar; internacionais, como o Carrefour; regionais, como Russi e Boa, e supermercados de bairro.
Quem comprar em um desses mercados na cidade agora terá de levar sacolas de casa se não quiser pagar pelos saquinhos, que não mais terão o logotipo dos supermercados, mas o da campanha. Outra opção é comprar a sacola reutilizável do projeto, feita de tecido sintético (TNT), a preço fixo de R$ 1,50. Além dessa bolsa, cada supermercado venderá também sua sacola em tecido (esta sim, com o logo da empresa) por preço definido pelo varejista. A associação quer estender o projeto por todo o Estado de São Paulo.
No Rio, a Lei 5.502 prevê que 50 sacolas devolvidas aos supermercados devem ser trocadas por um quilo de alimento. Quem não usar sacola plástica terá desconto de R$ 0,03 a cada cinco itens comprados. Há multa de até R$ 30 mil para quem descumprir a lei. A fiscalização fica a cargo do estado.
Veículo: DCI