Consumo correto reduz degradação do meio ambiente
Em pleno século XXI, o que especialistas previam há 20 anos é uma realidade: o aquecimento global está três vezes mais acelerado que o previsto, as áreas de desmatamento são cada vez maiores e o consumo cria hábitos que prejudicam o meio ambiente.
Pesquisa realizada em 2008 pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) mostra que o brasileiro não tem consciência ambiental. Um dos dados que mais despertam a atenção, é que se todo o planeta consumisse como as classes A e B, seriam necessários quatro planetas Terra para repor os recursos naturais. Segundo os dados do relatório, a população mundial consome 25% a mais do que o planeta é capaz de repor.
Outro dado que chama a atenção é que 67% das pessoas disseram não fazer a separação do lixo reciclável, uma ação essencial para que o conceito de sustentabilidade possa existir por completo.
Baseado nessas constatações, o Shopping News procurou saber mais a respeito de consumo sustentável, que contribui com o meio ambiente e é importante como fator essencial à consciência ambiental.
O mundo é capitalista e o consumo faz parte dele, porém é importante saber que ser consumidor é, também, ser sustentável. Segundo Ivo Pons, do Design Possível —projeto de desenvolvimento social que conta com a participação de estudantes, profissionais, ONGs e empresas—, ser um consumidor sustentável é “tentar reduzir ao nível zero o impacto que o seu consumo causa. Assim você garante o seu bem-estar e o das gerações futuras.”
Hábitos
O aumento de hábitos consumistas é um dos principais fatores que contribuem para o esgotamento das reservas naturais, segundo o (World Wildlife Fund) WWF-Brasil. Para reduzir esse impacto, a entidade sugere que as pessoas evitem substituir aparelhos de alta tecnologia sem necessidade e diminuam o uso descartáveis.
Pons ressalta que é importante pesquisar. “Saber se a empresa realmente não danificou a natureza durante o processo de fabricação, e, mais importante que isso, saber se será despejado de maneira adequada.”
Produtos
Hoje, o mercado oferece opções de itens que têm algum “selo verde” e que causam menos impacto à natureza. Entre as opções, está a linha Payot Botânico, com oito produtos, entre xampus, condicionadores e cremes para pentear. A linha tem o certificado emitido pelo Instituto Brasileiro de Defesa da Natureza (IBDN) em razão das ações desenvolvidas. O preço aos consumidores oscila entre R$ 13,90 e R$ 16,90.
Para ambientes residenciais está disponível a linha Bios, da marca Coza, cujas peças são produzidas com bioplástico proveniente de celulose, adicionado a fibras naturais. Toda a matéria-prima é proveniente de madeira certificada, cultivada de forma sustentável. Entre os itens, estão cestas organizadoras, em três tamanhos, kits de petiscos e kits de banheiro. Preço sugerido: de R$ 8,69 a R$ 47,31.
Ainda em produtos para a casa, é possível adquirir a linha Ecobril, com 24 itens divididos em produtos para a casa e para a roupa: lava-roupas, limpa-carpetes, e pastilhas para ralo, entre outros. Preço: sob consulta.
Na hora da limpeza, o aspirador de pó é superútil. Para diminuir o impacto ambiental, a Electrolux destaca o UltraSilencer Green e o Flex Green, com elementos reciclados (plástico e papel) e que consomem 20% menos energia elétrica do que modelos convencionais. Preço: sob consulta.
As bijuterias da grife Mãos da Terra geram emprego às comunidades ribeirinhas do Cerrado e da Amazônia, que coletam sementes e fibras para confecção dos produtos sem causar impacto ambiental. Preços: sob consulta, do site www.maosdaterrabrasil.com.br.
Outra opção interessante é a capa para iPhone da marca Grove feita de bambu certificado com o selo FSC (Forest Stewardship Council). Por ser produto importado, seus preços variam de R$ 80 a R$ 100.
As mamães conscientes podem utilizar a fralda de pano da marca Fuzzi Bunz, evitando o uso de fraldas descartáveis. Os modelos são apresentados em tamanho regulável. Preço: R$ 60.
Veículo: DCI