Empresários e governo definem propostas para levar à Rio 20.
Chefes de Estado de todo o mundo estarão no Rio de Janeiro em junho de 2012 para discutir, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, caminhos para um crescimento com responsabilidade ambiental. A definição sobre as novas plataformas de ações e de diálogo que serão construídas a partir da Rio 20, porém, deverá contar com o papel decisivo da sociedade civil e do setor privado.
Por isso, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, esteve ontem na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), para debater os desafios que o Brasil levará para o encontro. Na ocasião, ela lembrou que a agenda nacional está sendo montada, em eventos preparatórios, com participação maciça dos empresários brasileiros. "O setor produtivo será determinante nos próximos 20 ou 30 anos" disse.
As propostas que o país defenderá na conferência passam por pelo menos quatro grandes tópicos - segurança energética, erradicação da pobreza, biodiversidade e governança voltada para o desenvolvimento sustentável e ambiental.
Na questão da energia, o foco será a inovação tecnológica, especialmente ligada às novas fontes de geração e às possibilidades de negócios entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Para erradicação da pobreza, a proposta brasileira passa pela geração de renda, apropriação de recursos naturais para produção de alimentos e pela segurança alimentar. Na biodiversidade, o discurso está voltado para fronteiras de conhecimento ligadas à produção de fármacos.
Cerca de 50 mil pessoas estão sendo esperadas para a Conferência das Nações Unidas, exatamente 20 anos depois que o Rio de Janeiro sediou a Eco 92. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) está organizando a participação do setor no evento. A entidade está realizando reuniões nos estados a fim de elaborar uma agenda comum para ajudar a compor os pilares das discussões brasileiras. "Acreditamos que crescimento e preservação ambiental caminham juntos", disse o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
O presidente da Fiemg, Olavo Machado Jr., elogiou o trabalho da ministra e reiterou que o empresário mineiro não está preocupado apenas com licenciamento ambiental, mas também com o desenvolvimento sustentável. "A sustentabilidade é um dos alicerces do trabalho da Fiemg", salientou.
Veículo: Diário do Comércio - MG