95% dos mercados aderem ao fim da sacola em Ribeirão

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Acordo entre supermercados deve tirar 42 milhões de sacolinhas de circulação

Consumidores terão de usar embalagens retornáveis, como bolsa ou caixa de papelão, para levar as compras

Desde ontem, sacolas plásticas distribuídas em supermercados são artigo em extinção. Cerca de 95% das 200 lojas de Ribeirão aderiram ao acordo que barrou, no Estado, o uso das sacolinhas para evitar o descarte indiscriminado no lixo, segundo a Apas (Associação Paulista de Supermercados).

Isso deve significar a retirada de circulação de 42 milhões de sacolas somente em Ribeirão, disse Tiago Albanezi, diretor regional da Apas.

Grandes redes e lojas médias aderiram à campanha. Os 5% restantes são de pequenos mercados em bairros da cidade, segundo Albanezi. O objetivo é chegar a 100% de adesão, afirma a Apas.

Para o diretor regional, a redução dos custos do supermercado chegará ao consumidor. "O setor é altamente competitivo. O preço da sacola estava embutido no produto. Sem ele, os clientes terão mais promoções", disse.

A experiência de cidades como Jundiaí, que já extinguiu as sacolas dos supermercados, mostra a boa receptividade da população à medida, afirmou Albanezi.

Agora, o acordo entre a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e os supermercados vale para todo o Estado. Mas, como não é lei, os demais estabelecimentos comerciais ainda podem distribuir sacolinhas aos clientes.

É o caso do comerciante Carlos Alberto Casanova, 50, que chegou a procurar o Procon para saber se ele também precisava deixar de entregar as sacolinhas. "Fiquei com medo de ser multado, porque a campanha não teve esclarecimento", disse.

A maior parte dos consumidores é a favor da medida em prol do ambiente, mas não descarta o uso de sacolas plásticas para jogar fora o lixo produzido em casa.

"Sou a favor de ter outra sacola, mas não de tirar tudo", disse Sérgio Sansoli, 61, aposentado, que comprou uma bolsa retornável para levar as compras. "A sacola [plástica] guarda os produtos delicados melhor do que o carrinho de compras", afirmou Maria Estela Souza, 29, dona de casa.

Solange Rodrigues, 40, dona de casa, teve de comprar uma retornável para levar as compras. "Não gostei, eu usava a outra para colocar lixo."


Veículo: Folha de S.Paulo


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