Embalagens ainda geram confusão na Ceasa Minas

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Na Ceasa Minas, são toleradas somente caixas de plástico ou descartáveis



A Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas) em Contagem (Região Metropolitana de Belo Horizonte) foi alvo de protestos de alguns produtores contrários à proibição do uso de caixas de papelão e de madeira reutilizadas no local. Ontem, caminhoneiros que abastecem o entreposto interditaram a BR-040, fechando duas das três faixas no sentido Sete Lagoas, na região Central.

A sustituição das embalagens veio atender à determinação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Desde o início de abril, os produtores de tomate e banana são obrigados a transportar os produtos em caixas plásticas padronizadas ou em caixas de madeira ou papelão descartáveis.

A direção da Ceasa Minas, em nota, defendeu a continuidade da exigência de caixas plásticas ou descartáveis. "A troca das antigas caixas por essas novas embalagens foi um sucesso. Por isso, o mercado da unidade da RMBH continuará o processo respeitando os produtores e comerciantes que entenderam os benefícios dessa política pública, que vai da colheita até a mesa do consumidor garantindo o alimento saudável e seguro".

Movimento - Já o clima mais favorável em março, se comparado com fevereiro, contribuiu para que a oferta de produtos no entreposto fosse impulsionada em 13,31% ao longo de março se comparado com o mês anterior. Com o maior volume de produtos, o faturamento apresentou incremento de 14,08% quando comparado com fevereiro, alcançando R$ 334,417 milhões.

A Ceasa Minas é referência na oferta de hortifrutigranjeiros. De acordo com o chefe interino da Seção de Informações de Mercado da Ceasa Minas, Douglas José Pereira Costa, a movimentação observada em março teve incremento sobre fevereiro, o que já era previsto.

A tendência para abril é de melhoria da qualidade e do volume ofertado, uma vez que as condições climáticas estão mais propícias ao desenvolvimento das culturas. Além disso, a estimativa é que os preços médios também sofram retração, já que é esperado aumento da oferta.

"Entre outubro e março, devido ao período de chuvas e temperaturas intensas, a oferta de produtos na Ceasa Minas fica mais limitada e a qualidade é inferior a observada nos demais meses. Com a redução das chuvas e das temperaturas, a tendência para os próximos meses é de melhoria na qualidade, aumento da oferta e preços mais competitivos para os consumidores", disse Costa.

Segundo os dados levantados pelo entreposto Ceasa Minas, somente em março foram faturados cerca de R$ 334,417 milhões com a comercialização de produtos entre hortifrutigranjeiros, cereais e industrializados. Em fevereiro, o montante gerado ficou próximo a R$ 293,125 milhões, o que gerou alta de 14,08% em março.

No mês passado, foram disponibilizadas cerca de 204,555 mil toneladas de produtos, volume que ficou 13,31% superior ás 180,501 mil toneladas ofertadas em fevereiro.


Hortifrútis - Somente o grupo de hortifrutigranjeiros foi responsável pela movimentação de R$ 163,014 milhões em março, o que representou incremento de 11,17% quando comparado com o montante gerado em fevereiro, que foi de R$ 146,547 milhões. Em relação a março de 2011, os valores foram praticamente os mesmos. No período anterior, a comercialização dos itens rendeu ao Ceasa Minas R$ 162,547 milhões, alta de 0,28% se comparado com março de 2012.

Em março, a oferta do grupo de hortifrutigranjeiros chegou a 130,559 mil toneladas, variação positiva de 9,5% quando comparado com o volume ofertado em fevereiro, que ficou próximo a 119,250 mil toneladas. A tendência é de ligeira alta na oferta.

Segundo Costa, ao longo de março, as maiores altas foram observadas nos preços da laranja pêra, com alta de 25%, e preços médios passado de R$ 0,68 para R$ 0,85 por quilo e da couve-flor, que saiu de R$ 0,93 para R$ 1,18 por quilo, alta de 26,88%.

Os produtos que apresentaram retração nos preços foram o tomate, que ficou 22% mais barato em março, seguido pelo repolho, com baixa de 27,6% nos preços e a pela abobrinha italiana, com redução de 25% na cotação do preço médio.

Outro grupo que apresentou incremento em março foi o de industrializados. Segundo os dados da Ceasa Minas, ao longo do mês passado foi observada alta de 23,87% na oferta de produtos. Ao todo foram disponibilizadas 68,453 mil toneladas, contra as 55,260 mil toneladas ofertadas em fevereiro.

Em relação ao faturamento, a alta no grupo de industrializados foi de 18,6% com movimentação de R$ 162,040 milhões em março, frente ao valor de R$ 136,618 milhões gerado em fevereiro.

O faturamento gerado com a comercialização de itens do grupo de cereais chegou a R$ 9,362 milhões, o que representou uma queda de 5,9% em março se comparado com a receita de R$ 9,957 milhões movimentada em fevereiro. Em relação à oferta, a queda chegou a 7,84% com o volume de produtos reduzindo de 5,990 mil toneladas, em fevereiro, para 5,520 mil toneladas em março.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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