Aumenta a quantidade de fabricantes que corre atrás de selos de eficiência energética. No ano passado, somente o Procel apareceu em 209 empresas e em 3,7 mil modelos, como geladeiras, aparelhos de ar-condicionado e lâmpadas. Em 2008, eram 138 fornecedores e 2,4 mil máquinas. Novas categorias de produtos, como ventiladores, fornos de micro-ondas e luminárias públicas preparam-se para ganhar a certificação. Em média, equipamentos com o selo consomem entre 10% e 15% menos energia do que as outras máquinas.
Além do Procel, outros selos, como o Conpet, da Petrobras, e o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), também orientam os consumidores a comprar produtos energeticamente mais eficientes e estimulam a indústria a investir na melhoria dos equipamentos. Segundo pesquisa do Inmetro divulgada em maio, 78% dos consumidores brasileiros são influenciados pela etiqueta do órgão ao escolherem novos eletrodomésticos.
O selo Procel é coordenado pela Eletrobras, dentro do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica, criado em 1985. Já o Conpet, de 2005, faz parte do Programa Nacional da Racionalização do Uso dos Derivados de Petróleo e do Gás Natural. Ambos são vinculados ao Ministério de Minas e Energia.
"Os dois selos têm objetivos comuns, como o uso eficiente e o combate ao desperdício de energia elétrica, de derivados de petróleo ou de gás natural", explica Emerson Salvador, gerente da divisão de eficiência energética da Eletrobras.
Segundo a empresa, em 2011, o Procel apareceu em 32 categorias de equipamentos. "Só no ano passado, foram vendidos no país cerca de 48 milhões de produtos com o certificado, com uma economia de energia de 6 bilhões de quilowatts-hora (kWh)". Em 2009, esse número era de 5,4 bilhões de kWh. O volume de energia economizado em 2011 é suficiente para abastecer 3,5 milhões de residências durante um ano e poupou investimentos de R$ 756,5 milhões na expansão da geração de energia elétrica. (JS)
Veículo: Valor Econômico