Limão, manga, banana e mamão ganham selo que garante a
sua origem e qualidade e permite ao consumidor rastrear as frutas direto da gôndola.
Os frutos de um projeto inovador desenvolvido na Região do Jaíba, que abrange sete municípios no Norte de Minas Gerais, estão desembarcando em São Paulo. Banana Prata, Manga Palmer, Mamão Formosa e Limão Tahiti, produzidas em uma área demarcada e controlada, carregam o selo oficial da Região do Jaíba. O selo permite ao consumidor rastrear a procedência, o produtor e o processo de produção, acessando o QR Code impresso. A marca território, desenvolvida pelo Sebrae-Minas, está sendo lançada hoje em São Paulo, em parceria com a rede de supermercados St. Marche e com a presença dos produtores da região.
De acordo com os idealizadores, o projeto busca trazer desenvolvimento e valorizar o coletivo, mostrando os resultados dos esforços conjuntos de famílias e produtores, empresas e entidades da região envolvidos na produção. Para o consumidor, a possibilidade de conhecer mais sobre os produtos, os produtores e o processo produtivo torna-se um diferencial das frutas certificadas Região do Jaíba, além das propriedades de sabor, cor e textura. Com isso, introduz-se no País um novo conceito de fruticultura, a exemplo do que já ocorre em regiões reconhecidas mundialmente - produtoras de vinhos, azeites, queijos e outros.
A marca Coletiva Região do Jaíba representa um diferencial para os consumidores e também para os profissionais da gastronomia, que demandam produtos de qualidade, com comprovação de origem, obedecendo às boas práticas agrícolas de produção e a valorização dos produtores. As culturas de Banana Prata, Manga Palmer, Mamão Formosa e Limão Tahiti se estendem por uma área cultivada de 40 mil hectares. São produzidas em fazendas certificadas, a maioria de pequeno porte, envolvendo mais de 2 mil produtores, que empregam 60 mil pessoas.
"O objetivo é tornar a Região do Jaíba referência mundial em fruticultura baseada nos pilares da saudabilidade e consciência, qualidade e consistência, versatilidade e inovação, sustentabilidade e causa", explica Jorge Luis Raymundo Souza, presidente da Abanorte (Associação Central dos Fruticultores do Norte de Minas). A expectativa é que a produção de frutas com o selo alcance em cinco anos 275 mil toneladas, o equivalente a 25% da produção anual de 1,1 mil toneladas. Segundo a Abanorte, a produção de frutas na Região do Jaíba gera uma receita R$ 760 milhões.
Uma combinação climática perfeita aliada às boas práticas agrícolas, sustentabilidade e flexibilidade da produção permite abastecer o mercado consumidor durante praticamente o ano todo. A Região do Jaíba recebe insolação média de 7h40 por dia, com temperatura variando entre mínima de 18 graus e máxima de 32 graus, e está localizada a uma altitude média de 500 metros, com pluviosidade média anual de 940mm.
"Levar ao consumidor o resultado desse investimento é o nosso objetivo. Estamos iniciando por São Paulo, com a rede St. Marche, pelo estilo e inovação sempre presentes na marca de varejo", explica Priscilla Magalhães Gomes Lins, gerente de agronegócio do Sebrae-Minas. A ideia é ampliar a venda das frutas com o selo para as 18 unidades da rede St. Marche e em seguida para todo o País.
O projeto é uma parceria entre o Governo do Estado de Minas Gerais, Sebrae-Minas, Associação Central dos Fruticultores do Norte de Minas (Abanorte), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG), Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Assessoria de Comunicação do Sebrae-MG