Por Susana Ferraz*
Adriano Santiago, do MMA, fala sobre as novas estratégias do PBH Stefanie Von Heinemann, da GIZ, explica as propostas para o setor de serviços
O grupo de trabalho HCFCs, criado com o objetivo de contribuir com as ações de proteção da camada de ozônio do planeta, se reuniu em São Paulo para debater as propostas de ações para a Etapa 2 do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), na última quinta-feira, 19 de março. A reunião foi coordenada por Adriano Santhiago de Oliveira, diretor do Departamento de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Durante a reunião, mais de 80 participantes, representantes de entidades públicas e privadas, puderam conferir e aprovar as propostas apresentadas pelo Ministério do Meio Ambiente, que coordena todos os trabalhos do grupo, e também pelo PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, e pelas agências parceiras, a UNIDO - Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial e pela agência alemã GIZ - Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit – GmbH.
Na palestra de Stefanie von Heinemann, consultora da GIZ, foi apresentada a proposta para continuidade dos trabalhos de eliminação do HCFC-22 no setor de serviços. Entre as propostas apresentadas, está a continuidade dos treinamentos de técnicos em refrigeração comercial e ar condicionado em todo o País; a maior conscientização das empresas do setor de serviços sobre a importância de reduzir o uso dos HCFCs; e a divulgação e treinamento sobre novas tecnologias alternativas, com menor impacto ao meio ambiente (zero PDO e baixo GWP).
As propostas, que foram todas aprovadas pelo GT, passarão por um processo que envolve consulta pública, até serem levadas para aprovação final do Comitê Executivo do Fundo Multilateral para Implementação do Protocolo de Montreal, na 75ª Reunião, que ocorrerá em novembro deste ano.
Estratégia
É bom lembrar que a estratégia brasileira para a eliminação dos HCFCs no PBH foi dividida em três etapas, sendo que a primeira está em implementação e objetiva o alcance das metas de 2013 até este ano de 2015; a segunda corresponderá ao período entre 2016 a 2020; e a terceira corresponderá ao período entre 2021 a 2040. A redução do uso dos HCFCs, fluídos que são importados e controlados pelo Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais, afeta diversos setores, dentre eles o de refrigeração e ar condicionado e o de espuma de poliuretano.
Na Etapa 2 serão desenvolvidas ações para a eliminação do consumo de HCFC-22 na manufatura de equipamentos novos de refrigeração e ar-condicionado e será dada continuidade aos trabalhos no setor de serviços. Nesta etapa, também está prevista a eliminação do consumo de HCFC-141b no setor de espumas rígidas, para as aplicações não contempladas na primeira etapa.
Já na 1ª. Etapa do PBH estão sendo implementados projetos de conversão tecnológicas em empresas de capital nacional para a eliminação do consumo de HCFC-141b na fabricação de espumas de poliuretano; e executados projetos de contenção de vazamentos de HCFC-22 no setor de serviços, especialmente na área de refrigeração de supermercados, por meio de treinamentos, divulgação de informações e de projetos demonstrativos.
Para mais informações e para baixar as apresentações completas realizadas no GT, acesse a página do GT-HCFCs no site do MMA:
*Por Susana Ferraz, assessora de Comunicação da Abras, responsável pelo PORTAL ABRAS, e diretora da Sete Estrelas Comunicação. Jornalista que acompanha os trabalhos do GT-HCFC desde 2008, quando a ABRAS assinou o primeiro acordo setorial com o Ministério do Meio Ambiente, para incentivar as boas práticas de refrigeração no setor.
Fonte: Redação Portal ABRAS