Sites de descontos surgem como aliados das empresas na divulgação de produtos e serviços e no aumento das vendas
Como desovar um estoque? Como conquistar novos clientes? Como tornar a marca conhecida em qualquer lugar do País? Os sites de descontos oferecem essas vantagens e ainda possibilitam ao empreendedor mensurar o resultado com precisão. O fenômeno surgiu nos EUA há cerca de dois anos e chegou ao Brasil.
Há dezenas deles com ofertas que variam de 50% a 90%. Eles se dividem em dois tipos: os de compra coletiva, interessantes para empresas do ramo de serviços e entretenimento, e os clubes de compras, adequados para a venda de produtos como roupas, calçados e eletroeletrônicos.
Nos sites de compra coletiva como ClickOn, Peixe Urbano, Clube Urbano, Start Now e Imperdível, a oferta dura 24 horas e é válida a partir do momento em que um número mínimo de pessoas compra o serviço. O cliente efetua o pagamento e recebe um voucher para entregar no estabelecimento e, assim, usufruir do serviço, que pode ser um jantar, um tratamento estético ou uma sessão de cinema, por exemplo. No dia 3, Rodrigo Ferreira, sócio do restaurante L'Entrecote, de São Paulo, fez uma promoção pelo ClickOn. Sua ideia era angariar 2,5 mil vouchers em 24 horas, mas em 14 horas já tinha 2.605. A expectativa é concluir o atendimento de todos eles até o final de novembro.
“É preciso se preparar antes para dar conta da demanda sem perder a qualidade”, diz Ferreira. Marcelo Macedo, CEO do ClickOn, estima que este ano o mercado brasileiro movimente entre R$ 30 milhões e R$ 50 milhões, com oito milhões de usuários. O faturamento do segmento saltou de R$ 1 milhão, em junho, para R$ 6 milhões em agosto.
Clubes de compras como Brands Club, Privalia, Coquelux e Superexclusivo também oferecem descontos entre 50% e 90%, mas têm um caráter mais privativo. Como ocorre em sites de relacionamento, o consumidor tem de ser convidado por um amigo para ter acesso. Não há necessidade de um mínimo de consumidores para comprar.
O anúncio fica no ar, em geral, por 48 horas. Luciana Faria Nascimento, sócia da grife Thelure, de São Paulo, usa o Brands Club para vender peças de roupas de coleções passadas. Uma vez por mês, ela faz uma campanha com cerca de mil peças. O desconto, em média, é de 70% e pelo menos metade é vendida. “Num bazar eu levaria no máximo 100 peças e, com certeza, venderia apenas uns 20%”, compara.
Veículo: Revista Isto É Dinheiro