Associação do setor abriu canal online para clientes registrarem reclamações; objetivo é melhorar o serviço
A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviço (Abecs) inaugurou um espaço em seu site (www.abecs.org.br) para o consumidor reclamar de dificuldades com os bancos, envios de cartões não solicitados e falhas nos programas de recompensas oferecidos pelas instituições.
"É uma forma de respeitar o consumidor e de cumprir o contrato entre o banco emissor e o portador do cartão", disse o presidente da Abecs, Paulo Rogerio Cafarelli. "É um salto de qualidade do setor."
A instituição ainda lançou o portal Central Especial de Atendimento aos Procons (Ceap) também com o objetivo de facilitar o atendimento. No site www.cartaoceap.com.br, é possível encontrar informações sobre todas as instituições emissoras de cartão de crédito e o telefone dos Procons. "O objetivo principal é fazer com que os bancos consigam resolver os problemas mais simples imediatamente."
Os formulários online de reclamação também vão permitir que seja realizada uma estatística de qual associado da Abecs lidera o ranking de reclamações. "Se a quantidade de queixas for grande, pode ser até que haja um processo contra esse associado", diz o presidente da instituição.
Além da ação por meio do site, Cafarelli diz que a instituição tem promovido uma série de orientações sobre o uso consciente do cartão. A estimativa da associação é de que, até o fim do ano, o País some 153 milhões de cartões de crédito - alta de 13% em relação ao ano passado.
"Há uma migração muito grande de consumidores das classes D e E para as C e D. Esse contingente de 30 milhões de brasileiros passou a ficar apto para o consumo. O nosso foco de orientação tem de ser esse grupo", afirmou Cafarelli.
Regulamentação. No início do mês, o governo federal sinalizou que a padronização dos cartões de crédito deverá ocorrer até o fim de novembro. Assim, o Conselho Monetário Nacional (CMN) deverá promover uma padronização das tarifas oferecidas pelas empresas.
"Esses novos procedimentos serão um grande passo para uma regulamentação do setor se ela vier ocorrer no futuro", afirmou Cafarelli.
O trabalho de padronização foi elaborado pelo Banco Central (BC) e apresentado ao colegiado do Conselho Monetário Nacional em setembro, mas ainda não tem data para começar a valer.
Veículo: O Estado de S.Paulo