Alibaba.com investe em pequenas e médias empresas no Brasil

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O segmento de comércio eletrônico (e-commerce) volta as suas atenções para os cinco milhões de empresas de pequeno e médio porte (PMEs) que o Brasil possui e que têm ampliado sua atuação na compra e venda de produtos pela internet.

 

Hoje apenas 2% deste montante atuam com negócios no exterior e devem aumentar essa presença, pois apesar do estágio inicial, as companhias brasileiras têm repetido a tendência mundial de crescer pelos negócios on-line.

 

Quem notou o cenário é um dos maiores sites do segmento no mundo, a Alibaba.com que chegou em terras brasileiras no ano passado; hoje possui 220 mil empresas do País cadastradas no portal, e até o final de 2011 espera aumentar este número em 50%. "As empresas nacionais estão descobrindo as vantagens do comércio eletrônico, como rapidez nas negociações, redução de custo e acesso ao mercado global", destaca Diego Espíndola, sócio diretor da Ludatrade.com, empresa que representa o Alibaba.com no Brasil.

 

Segundo informações da marca, os segmentos que fomentam o e-commerce no Brasil são alimentos, bebidas e vestuário. Sem falar em montantes de investimento, o porta-voz afirma que o próximo objetivo da marca é chegar a 5% dos cinco milhões de PMEs, em três anos. No Brasil cada empresa paga uma taxa anual de R$ 12 mil para se hospedar em seus serviços de compra e venda. "Essa é uma maneira que as empresas de pequeno e médio porte têm de ser vistas por outros países e agregar valor aos produtos que vendem no Brasil. As mesmas também podem efetuar compras de maneira segura", afirma o porta-voz.

 

Na América Latina, hoje o Brasil é o único que tem uma subsidiária do site e ainda conta com planos de expansão. Para dar conta da responsabilidade a marca tem 17 funcionários concentrados na capital paulista e tem a meta de dobrar o número de colaboradores em 2011.

 

No mundo o site - que é chinês - está presente em 10 países e possui 56 milhões de usuários cadastrados em todas as plataformas (internacional, japonesa e chinesa). Um dos fatores que o destacam no mundo é o aumento de usuários pagantes, que atingiu o número de 750.937 membros nas três plataformas do Alibaba.com (na operação da China, do Japão e outras), um acréscimo de 29,7% em relação ao terceiro trimestre de 2009 e 5,3% no segundo trimestre do ano.

 

América Latina

 

Para os próximos três anos o Alibaba.com almeja alcançar também a Argentina e o Chile com plataforma para o cadastro de possíveis fornecedores e compradores. Enquanto a chinesa pensa, a brasileira já fez. Quem acabou de chegar na terra do jogador de futebol Maradona foi o site de compras coletivas brasileiro ClickOn, que está presente na Argentina com ofertas de 50% a 90% em hotéis, restaurantes, bares, shows, passagens aéreas . A marca ClickOnero passa a ser ClickOn (www.clickon.com.ar) e a ter gestão também brasileira.

 

O site aumenta sua presença em mais 18 cidades, como Buenos Aires, Mar del Plata, Córdoba e Bariloche, além das 42 onde já atua no Brasil. Com isto, os usuários terão acesso a mais de 200 ofertas diárias com descontos que variam de 50% a 90%, representando uma economia que pode chegar a R$ 1,5 milhão por dia.

 

Para CEO do ClickOn, Marcelo Macedo, a expansão demonstra que o Brasil não é o único País da América Latina que está antenado. "Apenas nos últimos quatro meses de 2010, o mercado de compras coletivas no Brasil faturou R$ 190 milhões e a perspectiva é de chegar a R$ 1,2 bilhão ainda este ano", enfatiza.

 

O ClickOn é o primeiro site brasileiro a expandir a operação para outro país, com toda a gestão realizada da nossa sede em São Paulo", ressalta Macedo. A presença do ClickOn na Argentina proporciona o intercâmbio de oferta entre dois países vizinhos. "A nossa expansão proporcionará a troca de ofertas entre os países, trazendo mais um benefício aos usuários."

 

Ainda este ano o endereço eletrônico brasileiro pretende iniciar suas operações na Colômbia, no Uruguai e no Chile.

 

Mercado

 

Segundo a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Camara-e net), em 2010 o faturamento do e-commerce brasileiro somou R$ 15 bilhões, quase 40% acima dos R$ 10,8 bilhões registrados em 2009. Os consumidores on-line chegam a 23 milhões, sendo que a maioria tem de 25 a 34 anos, e renda média de R$ 1.000 a R$ 5.000. Nos Estados Unidos o que se destacou foram as vendas on-line de roupas, acessórios e tênis, que foram de US$ 27 bilhões em 2009, e previsões antecipam que serão de US$ 37 bilhões em 2012.

 

Depois da estreia das compras coletivas o empresário Roberto Saretta criou o portal Ofertíssima (www.ofertissima.com.br), um site disponível também na versão mobile do portal para que aficionados por descontos possam acompanhar o site pelo celular, em qualquer lugar onde estejam. "O mobile marketing está em pleno crescimento no Brasil. Vimos que os usuários tentavam acessar os sites atuais e não conseguiam visualizar, ou até mesmo fazer a compra", conta.

 

Na versão mobile do site, o usuário pode acessar todas as funcionalidades do site por meio de qualquer dispositivo móvel. Além de centralizar ofertas inicialmente o site terá atuação em 33 cidades, integrando 17 estados. Esta nova febre da internet movimentou R$ 500 milhões no ano de 2010, o que gerou ao mercado de varejo on-line um crescimento de 48 milhões de transações; desde então foram lançados mais de 300 websites que disponibilizam descontos coletivos. A mesma evolução é esperada em diversos países, como os Estados Unidos e a China.

 


Veículo: DCI


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