Empresários garimpam artigos no Brasil e no exterior para abastecer site de compras
Pen drive em formato de garrafa de cerveja, colher de pau que funciona como baqueta. Empresários de lojas virtuais de presentes têm encontrado um nicho de mercado em que o humor e o design inusitado atraem mais do que a marca.
"O foco está na garimpagem de produtos no Brasil e no exterior, para as pessoas não terem de pesquisar em muitos sites para achar o que querem", diz Cláudia Vargas, dona da Rosamundo.
Boa parte das lojas virtuais tem estrutura pequena, de dois a dez funcionários. Por vezes, gira em torno de um núcleo familiar.
Em alguns casos, a ideia de abrir o negócio, que exige investimento de até R$ 15 mil e retorno entre seis meses e dois anos, veio do interesse dos próprios donos em comprar produtos que não eram encontrados no mercado.
"Nossa casa é de adultos que gostam de coisas lúdicas", diz Flávia Play, sócia da loja O Segredo do Vitório.
Mas não basta ter variedade. Especialistas recomendam alguns cuidados, que vão desde a formação do "mix" de produtos até os textos de apresentação das mercadorias no site.
"Se o cliente visitou nosso site sabe que temos determinado tipo de produto e vai se lembrar disso", afirma Daniel Bender, sócio da loja Mulher, Cerveja e Futebol.
Para driblar a sazonalidade, um dos grandes desafios para essas empresas, a recomendação do consultor da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico Gastão Mattos é usar sistemas para aparecer em boa colocação em ferramentas de busca e publicidade em redes sociais. "As pequenas não precisam fazer grandes campanhas."(FM)
Veículo: Folha de S.Paulo