Cartão é unanimidade no comércio de Belo Horizonte

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Nas vendas à vista ou a prazo, o cartão de crédito mantém a liderança isolada na preferência dos consumidores. No varejo da Capital, 78% das transações são efetuadas com o "dinheiro de plástico", conforme o Balanço de Crédito do Comércio Lojista de Belo Horizonte, divulgado na sexta-feira pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio Minas).

O resultado não surpreendeu a coordenadora do Departamento de Economia da Fecomércio Minas, Silvânia de Araújo, ao constatar que, em muitos casos, os empresários preferem o pagamento com cartão para agilizar o processo de compra e evitar a inadimplência. Já a preferência dos consumidores pelo meio de pagamento pode ser atribuída à possibilidade de parcelamento sem juros.

A pesquisa mostrou também que 81,2% das compras realizadas com cartões de crédito teve o pagamento dividido entre uma e seis parcelas. "Isso sinaliza que prazos mais dilatados absorvem parcelas da renda das pessoas, prolongando o seu comprometimento com as dívidas, indicativo que é relevante para o comércio varejista", explica a economista.

"O que se observa é que o mercado está, cada vez mais, dominado pelos meios eletrônicos, com o cartão de crédito sendo a principal opção na hora do parcelamento das dívidas, ao mesmo tempo em que o cheque segue perdendo espaço. Acreditamos que essa tendência é, cada vez mais, estimulada pelo próprio empresário", disse Silvânia.

Por outro lado, à emissão de cheques registrou queda. Segundo a pesquisa da Fecomércio Minas, os pré-datados foram utilizados por 15% dos consumidores, três pontos percentuais a menos do que o registrado em dezembro (18%). Esse recuo, de acordo com a economista da entidade, pode ser explicado pelo fato de o cheque enfrentar resistência no mercado varejista. Por considerar a forma de pagamento arriscada, 60% dos lojistas disseram que evitam o pré-datado.

A inadimplência, devido à falta de lastro do cheque, segundo Silvânia, é a principal preocupação dos lojistas. "Evitar o aceite de cheques é a ação mais comum no comércio, líder com 62% das respostas", ressalta.


Veículo: Diário do Comércio - MG


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