Comércio eletrônico brasileiro deve crescer 25% em 2012

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O varejo virtual brasileiro deverá contabilizar, ao final de 2012, faturamento anual na casa dos R$ 23,4 bilhões. É o equivalente a um crescimento nominal de 25%, na comparação com 2011, quando o setor movimentou R$ 18,7 bilhões, 26% a mais que o ano anterior (R$ 14,8 bilhões). Os números compõem o 25º relatório WebShoppers, divulgado ontem pela empresa especializada em comércio eletrônico, a e-bit.
 
No ano passado, a empresa detectou por meio das aproximadas 5 mil lojas virtuais conveniadas, 9 milhões de novos e-consumidores – 61% deles oriundos da classe C. Ao todo, 32 milhões de pessoas fizeram pelo menos uma compra eletrônica em 2011, em movimentação com tíquete médio de R$ 350, abaixo do observado em 2010, de R$ 373. "A Copa do Mundo, naquele ano, alavancou as vendas de TV, especialmente as de tela plana", justificou o diretor geral da e-bit, Pedro Guasti.
 
Para 2012, a entidade prevê um tíquete médio de R$ 340. "Não é ruim", analisa Guasti. Ele justifica que no Brasil as compras virtuais ainda são muito concentradas em produtos de valor agregado alto, com preços beneficiados pela deflação.
 
Destaque – A expectativa do setor é que o perfil das compras via web se mantenha semelhante ao observado em 2011. Naquele ano, de acordo com o relatório da e-bit, a novidade foi a consolidação dos itens de moda e acessórios entre as cinco categorias de produtos mais procuradas, como resultado, segundo Guasti, dos esforços do varejo para superar problema como os  associados à padronagem das peças.
 
Em 2011, a liderança, nesse ranking, ficou para os eletrodomésticos (com 15% do volume de pedidos virtuais), seguidos pelas categorias de informática (12%), eletrônicos (8%), saúde, beleza e medicamentos (7%), além de moda e acessórios, também responsável por 7% do volume de pedidos.
 
O diretor da e-bit comentou que no último trimestre de 2011, levantamento feito pela empresa detectou perda de mercado pelos chamados top 50 do setor. Na comparação com igual período de 2010, houve recuo de participação, de 89,27% para 87,73%. Na mesma base de comparação, as lojas virtuais de pequeno porte ampliaram sua abrangência, de 10,73% para 12,27%, dando continuidade, conforme análise da e-bit, ao fenômeno de descentralização crescente das lojas virtuais observado ao longo dos últimos anos. A profissionalização desse segmento de empreendedores, com oferta de meios seguros de pagamentos são alguns dos fatores apontados como responsáveis por essa mudança.
 
Deflação – O balanço divulgado pela e-bit também aponta a variação de preços do canal internet. "É uma cesta totalmente diferente do que a do consumidor de rua, em que o peso de itens como alimento, escola e transporte é muito maior", ressalva o diretor da e-bit, Pedro Guasti. A cesta do setor leva em conta 1,3 milhão de produtos do e-commerce brasileiro.
 
De acordo com o Índice Fipe Buscapé, no período de um ano, compreendido de fevereiro de 2012 a fevereiro de 2011, houve deflação de  9,75% no comércio eletrônico do País.
 
Todos os números acima não incluem as vendas de carros, passagens aéreas e leilões virtuais. Também estão excluídas as transações dos sites de compras coletivas. Em 2011, eles acrescentaram receita anual de R$ 1,6 bilhão às transações comerciais feitas por meio da internet. De acordo com a e-bit, o segmento comercializou 20,5 milhões de cupons.


Veículo: Diário do Comércio - SP


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