Grandes varejistas tradicionais, como Pão de Açúcar, Magazine Luiza e Lojas Americanas, aderem ao comércio eletrônico, que cresce anualmente a taxas de 20%.
Em 1999, o site Americanas.com, uma loja virtual da tradicional rede varejista carioca Lojas Americanas, foi o primeiro grande portal a oferecer produtos pela internet no País. A proposta inovadora, à época ainda embrionária também nos Estados Unidos e na Europa, foi recebida com desconfiança por boa parte dos consumidores brasileiros, acostumados ao modelo tradicional de comércio, cara a cara com as vitrines. Não demorou muito para o preconceito começar a perder força e para as empresas se consolidarem. Em 2006, o site se juntou ao Submarino e Shoptime, formando a B2W, hoje líder desse mercado no País. No ano passado, a empresa vendeu R$ 4,2 bilhões, embora seu resultado líquido tenha ficado negativo em R$ 89 milhões em razão de tropeços em sua gestão.
Esse exemplo é apenas um entre dezenas de outras operações que forjaram o mercado do comércio eletrônico no País, um poderoso – e em franca expansão – segmento da economia brasileira, que deve faturar R$ 22,5 bilhões neste ano, 20% acima de 2011, segundo a consultoria e-bit, especializada em e-commerce. Em pouco mais de uma década, o comércio eletrônico deixou de ser um lugar de vendas de produtos de baixo valor, como CDs e livros, para se tornar uma ferramenta de compra de serviços como carros, imóveis, pacotes turísticos, jantares e infinitas outras opções. Tanto que todos os grandes varejistas tradicionais, como Pão de Açúcar, Magazine Luiza e Máquina de Vendas, contam com fortes e importantes operações online.
Veículo: Revista Isto É Dinheiro