Preços competitivos, segurança e profissionalização do setor são responsáveis pelo avanço das vendas na Web


Comprar com um clique sem ter que sair de casa é cada vez mais comum e o crescimento vertiginoso do varejo online é prova disso. A previsão do setor é faturar R$ 23,4 bilhões este ano frente ao R$ 18,7 bilhões de 2011, segundo o e-bit, empresa especializada em informações de e-commerce. A profissionalização das lojas virtuais, preços competitivos, meios seguros de pagamento e a política de entrega facilitam o processo de compra pelos e-shoppers (consumidores deste segmento) e fazem o setor crescer na preferência deles.

O consumidor mineiro começa a se destacar no cenário nacional no setor de compras on-line Segundo levantamento obtido com exclusividade pelo Estado de Minas, divulgado pela ClearSale – empresa pioneira na gestão de risco de fraudes no e-commerce – nos primeiros seis meses deste ano, Minas teve incremento de 60% no número de pessoas que fizeram negócios pela internet pela primeira vez. Na comparação com Bahia (56%), Rio de Janeiro (50%) e São Paulo (32%), o estado foi destaque como o que mais cresceu nesse aspecto.

Minas também aparece no levantamento como o segundo estado com maior avanço nas vendas pela internet no primeiro semestre deste ano. O estado teve aumento de 66% nas comercializações no período (veja arte). Entre os produtos mais procurados pelos consumidores mineiros no primeiro semestre, segundo o ClearSale, estão os de magazine (linha branca), roupas e acessórios. Ano passado, os mineiros apostavam mais na compra de produtos de magazine e em clubes de compras.

Os números, segundo o gerente de inteligência da ClearSale, Omar Jarouche, refletem num faturamento de R$ 147 milhões do setor em Minas Gerais no primeiro semestre ante R$ 136 milhões no mesmo período de 2011. Ainda de acordo com ele, no estado as empresas que mais cresceram em quantidade de pedidos foram as pequenas lojas, com até 300 pedidos por dia. As empresas de médio porte ficaram com o segundo lugar e as grandes em terceiro lugar na preferência dos consumidores.

Receio

Para o professor da disciplina de Comércio Eletrônico da Fumec, Luiz Otávio Borges Duarte, por ainda ser um consumidor tradicionalmente desconfiado, o mineiro passa por um processo onde está vencendo os mitos sobre insegurança na internet para aumentar a sua participação como consumidor. “A comodidade trazida pelo comércio eletrônico é que faz com que as pessoas possam aderir e se interessarem cada vez mais por essa prática”, garante.

Há apenas quatro meses no mercado virtual, a empresária Germana Xavier Costa, proprietária da loja de roupas, acessórios e objetos decorativos Vintage & Cool, conta que tem trabalhado forte para vencer o receio do público mineiro em comprar pela internet. Segundo ela, boa parte das vendas ainda são efetuadas para clientes de outros estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. “Os clientes daqui são os que mais perguntam sobre as condições de entrega e alguns até querem ver pessoalmente o estoque para saber se vão mesmo ser atendidos”, lembra.



Veículo: Estado de Minas