Com previsão de faturar R$ 22,5 bilhões em 2012, de acordo com o e-bit, o setor de e-commerce no Brasil começou a se reunir em torno de uma nova entidade para defender seus interesses. Fundada oficialmente há seis meses, a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), conta com 900 empresas de comércio on-line e prestadores de serviço, das quais cerca de 80% são de porte micro ou pequeno.
Maurício Salvador, presidente da entidade, diz que o interesse em formar ABComm surgiu quando o poder público passou a regulamentar o setor sem que as empresas fossem ouvidas, pois não havia entidade "forte" para representá-las.
Em São Paulo, por exemplo, surgiu a lei que prevê o direito do cliente escolher o horário de entrega dos produtos comprados pela internet, a chamada Lei da Entrega Programada. "Isso quebra a rota das transportadoras. No fim das contas, as empresas passaram a cobrar uma taxa extra aos clientes que querem agendar a entrega".
Desde 2001, existe a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara- e.net), atuante na área de certificação digital, mas com pouca representatividade nos pleitos das empresas pequenas, na opinião de Salvador.
Ele diz que um dos objetivos da ABComm é ser atuante na área de capacitação. A entidade também começou a preparar um estudo sobre o gargalo na área de logística para comércio eletrônico, que será usado para defender políticas públicas para o segmento.
Entre as empresas associadas da ABComm com porte médio e grande (cerca de 20%), estão a Dafiti, além de redes de varejo tradicional como Hering, Droga Raia e Casa&Video. (MF)
Veículo: Valor Econômico