Especialista sugere instalação de antivírus e firewall no celular e tablet
Depois do Black Friday e dos inúmeros casos de maquiagem de preços de produtos nas chamadas “promoções arrasadoras da web”, o Natal vem aí e os e-consumidores têm ainda mais preocupações para evitar dores de cabeça nesse final de ano. Lojas virtuais falsas e vale-presentes com códigos maliciosos são apenas dois exemplos de golpes que se repetem ano a ano. E cada vez com mais sofisticação. Em 2012, o foco dos cibercriminosos também são as transações online móveis.
Com a explosão das vendas de tablets e smartphones, o próximo Natal deve ser aquele em que mais pessoas se aventurarão a comprar através desses dispositivos. E, segundo especialistas, nesse caso, valem os mesmos cuidados que já são tomados nas transações via desktops e notebooks.
Ou seja, é preciso prestar atenção aos sites acessados e ter, ao menos, um antivírus e firewall instalado no celular ou tablet. “O problema mais comum não é no momento que o consumidor estabelece a comunicação com uma loja virtual séria e, sim, quando esse usuário tem algum código malicioso no seu celular que esteja capturando o que ele digita”, explica o diretor de Suporte Técnico da McAfee para a América Latina, José Matias Neto.
Segundo ele, a tendência hoje é de as empresas de varejo online criarem aplicativos através dos quais os usuários podem fazer as compras sem precisarem digitar o endereço do site no browser. “É mais seguro e, ao mesmo tempo, a empresa consegue ter um maior controle de que o consumidor não será levado a navegar em sites com ofertas dos concorrentes com tanta facilidade”, acrescenta.
Uma pesquisa realizada pela McAfee nos Estados Unidos sobre as compras online para as festas de Natal mostrou que os norte-americanos têm usado cada vez mais dispositivos móveis para atividades diárias. Das pessoas entrevistas, 70% disse planejar fazer compras pela internet e, desse total, um em cada quatro afirmou que usará seu smartphone para essa finalidade.
Apesar de 87% dos consumidores contatados terem se mostrado preocupados com a possibilidade de roubo de informações pessoais durante o uso de um aplicativo em aparelhos móveis, nove em cada dez usuários estão dispostos a fornecer dados pessoais para receberem ofertas que lhes sejam vantajosas. Para Neto, as compras em dispositivos móveis são muito mais comuns nos Estados Unidos do que no Brasil. Porém, os golpes são cada vez mais parecidos. “Os usuários estão mais familiarizados com os seus smartphones e os sites estão trazendo eles para esse universo dos aplicativos de compras. Só é preciso ter cuidado com a proteção”, acrescenta.
Veículo: Jornal do Comércio - RS