Mão de obra barata faz empresas de call center rumarem ao Nordeste

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Gigantes do setor deixam São Paulo e expandem operações em cidades como Recife e João Pessoa



Cidades nordestinas ampliaram participação no total de empregos do setor de 9% para 11% nos últimos dois anos

Em busca de custos menores de mão de obra, baixa rotatividade e também incentivadas por isenções fiscais de municípios, as empresas de call center estão migrando dos grandes centros do Sudeste para o Nordeste.

A migração já provoca uma retração na participação dos Estados do Sudeste no total de empregados do setor. Caiu de 62% para 59,5% nos últimos dois anos, quando o movimento se intensificou.

A fatia do Nordeste passou de 9% para 11% no período. Centro-Oeste e Norte também aumentaram sua participação no total de funcionários de call centers, segundo dados compilados pela Abrarec (Associação Brasileira das Relações Empresa Cliente).

A tendência é retratada por dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que mostram que no Estado de São Paulo o cargo de operador de telemarketing apresentou o maior saldo negativo de vagas (diferença entre desligamentos e admissões) entre janeiro e setembro deste ano.

O número atingiu 7.339, ante um saldo total de 109,4 mil vagas no período.

O setor emprega 1,6 milhão de pessoas no país.

VANTAGENS

A paulista Contax, maior empresa do setor, com faturamento anual de R$ 3 bilhões, inaugurou há cerca de um ano, no Recife, sua maior unidade de atendimento no país. Cerca de 15 mil pessoas trabalham no prédio.

"Apesar de o piso salarial ser o mesmo em todo o país, lá conseguimos reduzir custos com remuneração variável, como transporte e alimentação, que são mais altos em São Paulo", diz Marco Schroeder, diretor da Contax.

Entre as grandes do setor, Atento, CSU e Provider também se instalaram nos últimos anos no Nordeste.

Outras companhias de grande porte, como a Almaviva e Tivit, também estudam se instalar na região, apurou a Folha. Procurada, a Tivit negou o plano.

A AeC, também no ranking das maiores do setor, criou um projeto que prevê expansão para cidades médias.

Após abrir uma operação em Campina Grande, na Paraíba, se prepara para o início das atividades de uma nova unidade na capita,l João Pessoa, em janeiro, e planeja mais um investimento na região até o fim de 2013.

Com as novas unidades, metade dos funcionários da empresa estará no Nordeste.

"A disputa e a formação de mão de obra nas grandes cidades estão ficando caras", diz Cássio Azevedo, sócio da AeC, que tem sua principal operação em Belo Horizonte.


Veículo: Folha de S.Paulo


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