São Paulo - Um estudo encomendado pelo Google junto a empresa Forrester Research indicou que as vendas na internet no Brasil vão dobrar até 2021. Segundo a companhia, o segmento terá crescimento médio de 12,4% ao ano e atingirá um total de R$ 85 bilhões em vendas. Com isso, o e-commerce passaria dos atuais 5,4% de participação no varejo para 9,5% (sem incluir vendas de alimentos e bebidas).
Carol Rocha, gerente de Insights de Varejo do Google, diz que o crescimento das vendas pela internet, mesmo em contexto de crise, é viabilizado pela possibilidade de comparação rápida de preços e ofertas que ela oferece aos consumidores. “A crise abalou um pouco o e-commerce no curto prazo, mas ele não foi tão agredido quanto o varejo off-line (lojas físicas), por permitir uma comparação rápida.”
Boa parte desse avanço virá de novos consumidores. Nos próximos cinco anos, 27 milhões de pessoas farão sua primeira compra online. Com isso, serão 67,4 milhões de compradores pela internet, o que irá representar 44% dos internautas em 2021, segundo o estudo.
Outra grande transformação do mercado será o ganho de participação dos smartphones nas vendas. O estudo aponta que, até o final de 2016, 19% das vendas do e-commerce deverão ser feitas via dispositivos móveis. Em 2021, a participação deles nas vendas online será de 41%.
Atualmente 30% dos internautas só podem ser alcançados através do mobile.
Influência - Mesmo quando a compra não é fechada pela rede, a internet pode ter papel importante na decisão do consumidor. O estudo afirma que 19% das vendas totais do varejo restrito (desconsiderando alimentos e bebidas) já sofrem influência do meio digital, totalizando R$ 165 bilhões. Até 2021, essa influência deve crescer, chegando a 32% das vendas. (FP)
Fonte: Jornal Diário do Comércio de Minas