Faturamento do comércio eletrônico no ABCD cresce 5,8% em 2016

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O faturamento real do comércio eletrônico na região do ABCD atingiu R$ 1,0 bilhão em 2016, alta de 5,8% em relação ao ano anterior. O resultado representou o segundo melhor desempenho entre as dezesseis regiões analisadas na pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), realizada por meio do seu Conselho de Comércio Eletrônico, em parceria com a Ebit.

 

A pesquisa mostra que em 2016 foram 2,5 milhões de pedidos no comércio eletrônico da região, queda de 1,6 % na comparação com 2015 (2,6 milhões) com tíquete médio de R$ 400,23 ante R$ 372,22 observados em 2015. Já a participação do e-commerce no faturamento do varejo geral foi de 3,1% em 2016.

 

Ainda de acordo com o estudo, no quarto trimestre de 2016 o comércio eletrônico faturou R$ 353,8 milhões na região do ABCD, alta de 38,3% em relação ao mesmo período de 2015, o segundo melhor desempenho do Estado de São Paulo.

 

O tíquete médio (faturamento por pedido) também subiu, 30,8% ao passar de R$ 330,20 no quarto trimestre de 2015 para R$ 431,97 no mesmo período de 2016. A participação do e-commerce no faturamento do varejo geral subiu 0,9 p.p. ao passar de 2,9% para 3,8%, que juntamente com Araçatuba representa a maior taxa de participação entre as regiões pesquisadas.

 

O ano de 2016 foi intenso e repleto de altos e baixos para toda a economia nacional e não foi diferente para o comércio eletrônico do Estado de São Paulo. O setor iniciou o ano em baixa, com queda de 7,4% no primeiro trimestre, em relação ao mesmo período do ano anterior; já no segundo trimestre, as receitas registraram alta de 1,4%, voltando a cair no terceiro trimestre, com recuo de 6,6% na mesma base comparativa.

 

Por fim, no 4º trimestre do ano o setor voltou a crescer, com faturamento real de R$ 5 bilhões, apontando alta de 5,7% na comparação com o quarto trimestre de 2015.

No acumulado de 2016, as vendas do comércio eletrônico paulista registraram queda de 1,4% - segundo ano consecutivo de desempenho negativo no acumulado do ano.

 

A participação do e-commerce nas vendas do varejo paulista no quarto trimestre ficou em 3,1%, leve alta de 0,1 ponto porcentual (p.p.) na comparação com o mesmo período de 2015. Já o número de pedidos, no período, caiu 3,2%: de 12,413 milhões no quarto trimestre de 2015, para 12,014 no mesmo período de 2016. O valor médio por pedido subiu 9,2%, passando dos R$ 381,52 para R$ 416,64, no comparativo com o quarto trimestre de 2015.

 

Para a assessoria econômica da FecomercioSP, as vendas do comércio eletrônico paulista encerraram o último ano com recuo em seu faturamento real, porém mostrou recuperação no quarto trimestre do ano em virtude do aquecimento provocado pelas vendas de novembro, decorrentes da Black Friday.

 

A Entidade ressalta que o comércio eletrônico sentiu mais ao longo de 2016 os efeitos da restrição de renda causada pelo aumento nos preços, pelas taxas de juros e pelo desemprego, provavelmente, por comercializar produtos variados, de maior valor agregado (eletroeletrônicos e eletroportáteis em sua maioria). Para grande parte da população, a aquisição desses produtos só pode ser feita por meio da tomada de crédito e parcelamento.

 

Apesar do e-commerce ter contabilizado a segunda queda anual em seu faturamento real, a Federação acredita que este processo de baixas esteja próximo do fim, tendo em vista que grande parte dos agentes (consumidores e empresários) sinalizam um aumento em seu nível de confiança, bem como uma maior estabilidade nos preços dos produtos básicos e uma redução nas taxas de juros que deve se perpetuar ao longo do ano.

 

(Redação - Agência IN)

 

 

Fonte: Investimentos e Notícias




 


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