Em relação a outros países, os brasileiros estão situados entre os mais preocupados com riscos de segurança -- como roubo de identidade, fraudes com cartões de crédito e afins. Mas essa preocupação caiu ligeiramente para 178 pontos (em uma escala de 0 a 300) ante os 182 apurados no último levantamento, realizada em setembro de 2008. É o que revela uma pesquisa divulgada pela Unisys, multinacional de serviços de tecnologia da informação.
A pesquisa, promovida em nove países, duas vezes ao ano, revelou que, no caso do Brasil, seus cidadãos têm a percepção de que a atual crise financeira mundial pode aumentar os riscos de roubos de identidades e crimes relacionados. Dentre os 1.500 brasileiros em março, 70% responderam nesse sentido. Apenas 24% indicaram que não haveria alteração do quadro. No total, apenas 5% se posicionaram de forma otimista, relatando acreditarem na redução nos riscos por conta da crise; 2% não souberam responder.
Em outros países, a preocupação com o aumento dos riscos devido à crise varia: na Espanha, 84% dos ouvidos estão mais apreensivos; na Alemanha, 56% e na Holanda, apenas um em cada três.
Uma particularidade brasileira é o fato de os habitantes no País se preocuparem menos com a segurança das transações na internet (149 pontos) do que com as ameaças com a segurança nacional (203 pontos), a segurança financeira (177) e a segurança pessoal (183).
Pouco mais da metade dos brasileiros está apreensiva com os riscos na internet. Esta percepção foi mantida praticamente estável desde setembro, no último levantamento, ainda que, segundo a União Internacional de Telecomunicações, um terço dos brasileiros utilize o meio.
No que tange às transações financeiras eletrônicas, a reação é similar. Pouco menos da metade dos brasileiros está seriamente preocupada com os riscos relativos à questão. E perto de um quarto simplesmente não o considera.
O acesso não autorizado a informações pessoais, bem como o uso de dados pessoais, tem maior apelo junto aos brasileiros. O roubo de identidade está no radar de quase três quartos (72%) dos entrevistados, que alegam se sentir seriamente preocupados com essa ameaça, ante apenas 11% que informam não estar absolutamente preocupados com isso.
As entrevistas ocorreram por telefone em nove capitais, abrangendo as classes A, B e C.
Veículo: Gazeta Mercantil