A ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) estima que o comércio eletrônico irá atingir um volume de vendas de R$ 79,9 bilhões em 2019, representando um crescimento de 16% comparado com o resultado atingido em 2018 pelas lojas virtuais do País, sendo o maior avanço anual verificado desde 2015.
Com o advento do e-commerce e da publicidade online a atenção do consumidor é cada vez mais disputada, tornando necessário um cuidado especial na criação das lojas online para que elas sejam adequadas ao que busca o consumidor a fim de criar boas conversões de vendas.
Com isto em mente, estão detalhadas abaixo algumas dicas para o alcance do sucesso virtual:
1- Construção de audiência e geração de tráfego
É necessário olhar o ambiente online como um meio de construção de relacionamento a médio e longo prazo, trocando informações e entendendo quem é o público, onde ele está, como cativá-lo e quais suas características demográficas.
De acordo com André Bianchi, empreendedor, uma grande sacada para o desenvolvimento de seus negócios foi a criação de fanpages onde ele pôde criar e compartilhar conteúdos (de veículos relevantes) referentes a seus produtos, criando assim notoriedade frente a seu público e consciência sobre o que o atrai. Desta forma, ele soube converter este interesse em vendas de produtos e serviços.
Tal comportamento se percebe comum a ponto que diversas outras empresas investem em marketing de conteúdo, como mostra a “Pesquisa Nacional do Varejo Online” feita pelo Sebrae nos anos 2014, 2015 e 2016, onde a média de investimento em Marketing dos e-commerces nacionais foi de 13% de seus faturamentos.
A prática mostra retorno, conforme afirmam dados de uma pesquisa da BCG divulgada pela Folha de São Paulo em 2018 que mostra que as empresas que analisam dados e os usam para personalizar a interação com seus consumidores têm receita 20% maior.
2- Redes sociais como apoio ao e-commerce
Não existe uma rede social que, de forma padrão, é melhor para todos os negócios. Cada público é impactado de forma diferente em cada mídia e sobre cada assunto específico. Portanto é importante testar o que funciona melhor com o público de interesse e comparar os resultados, estando aberto a modificações.
Geralmente o que melhor atua é uma combinação de diversas redes, adaptando o conteúdo para a estrutura e perfil de cada uma e dando mais atenção e foco nas que mais geram conversão, pois esta presença em diversos pontos de contato gera uma credibilidade no assunto de interesse.
3- Ter uma loja virtual própria ou trabalhar com marketplaces?
Marketplaces como Mercado Livre e Amazon possuem muita força de vendas e podem ser utilizados como um ponto a mais de venda além do e-commerce próprio, dependendo de qual for o produto a ser comercializado. Eles também ajudam na descoberta do que o cliente busca e está disposto a comprar.
Muitos empreendedores acreditam que marketplaces possam prejudicar suas vendas por apresentarem produtos concorrentes junto ao que querem vender, mas não é bem assim, pois quando se coloca algo na internet, o que vai funcionar, o que trará resultado ou não é o que as pessoas enxergam do negócio em questão.
Ter a loja virtual própria é importante, pois é o canal próprio do empreendedor, sendo uma garantia caso algum dia não se possa mais comercializar via marketplace, não apresentando a necessidade de começar do zero caso isso ocorra. Mas o interessante é trabalhar os dois, validando e analisando em qual se deve gastar mais energia e tempo.
4- Começar é o primeiro passo
É preciso investir, mesmo que seja pouco no início. Por mais que existam diversas táticas para conseguir o aumento orgânico de autonomia e leads, com investimentos é possível verificar melhor o que funciona ou não e receber leads mais qualificados.
As práticas mencionadas acima são comuns no Vale do Silício, região mais inovadora do planeta e lar do empreendedorismo. Empresas como a IIN (Imersão Internacional de Negócios) trabalham para levar conhecimentos como estes aos empresários e empreendedores brasileiros.
Fonte: Exame