Impulsionada pelo faturamento recorde de R$ 13,5 milhões no ano passado, alta de 100% sobre 2007, a Crivo, desenvolvedora de softwares para análise de crédito, quer aproveitar a retomada na concessão de linhas de financiamento este ano para ampliar sua atuação no mercado varejista. A companhia também aposta na diversificação de serviços e lançou uma nova unidade de negócios voltada para consultoria e assessoria estatística de crédito. A intenção é manter o ritmo de crescimento em 2009.
Fundada em 2000, quando seus sócios desenvolveram o software para análise rápido de crédito, a Crivo encontra em bancos, seguradoras empresas de telecom sua principal fonte de receita. Segundo Rodrigo Del Claro, diretor de Relacionamento da Crivo, o setor financeiro representa 50% da carteira de clientes atualmente. "Atendemos os principais bancos do País. Mas há ainda espaço para crescer", acredita. "Nosso foco é ampliar a atuação no varejo, que, impulsionado pelas medidas de desoneração para alguns setores e a expansão de crédito nos últimos meses, voltaram a investir", completa Daniel Turini, sócio-diretor da Crivo.
Divulgado no final de maio, o estudo Projeções Macroeconômicas e Expectativas de Mercado, promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e que prevê alta de 14,2% nas operações de crédito da carteira total do setor financeiro nacional em 2009, dá sustentação ao planejamento da Crivo de manter o crescimento de 100% na receita. Para Del Claro, no entanto, a meta está associada à ampliação da carteira no setor varejista.
"Já atendemos grandes players, como Wal Mart, Lojas Marisa e Carrefour, mas é preciso ampliar ainda mais a carteira. Ganho em cima do volume de operações realizadas e, se quero manter um crescimento de 100%, preciso atuar com mais força nos setores financeiro e varejista", avalia.
Crescimento. Os resultados apareceram no primeiro trimestre. Segundo o executivo, embora a crise tenha freado o volume de operações de crédito no País, a empresa obteve um crescimento de 86% no período, na comparação com os três primeiros meses de 2008. "A julgar o desempenho até agora, os números do primeiro semestre devem se manter no mesmo patamar. Neste ritmo, fechamos o ano com um faturamento de cerca de R$ 25 milhões", revela Daniel Turini.
Outra fonte de receita em potencial para a Crivo é a nova unidade de negócios, lançada no início do ano e voltada para consultoria, assessoria, modelagem estatística e inteligência de crédito. "A crise nos permitiu contratar bons profissionais especializados em crédito, antes muito valorizados no mercado. Com o novo braço de negócios, ampliamos ainda mais a fonte de receitas. Mesmo ainda incipiente, ele já respondeu por cerca de 15% de nossas operações no primeiro trimestre", revela Turini.
Veículo: Jornal do Commercio - RJ