Aportes em softwares e hardwares chegam a consumir 5% do faturamento das grandes redes de Minas.
O setor supermercadista do Estado - um dos poucos que não registrou queda nos negócios em função da retração econômica - aproveita o momento para investir na automatização das operações. Os aportes em tecnologia da informação (TI) chegam a atingir 5% do faturamento das redes. E devem crescer ainda mais, já que, segundo o superintendente da Associação Mineira dos Supermercados (Amis), Adilson Rodrigues, "a prioridade do segmento é investir na informatização dos procedimentos". De acordo com dados da Amis, a receita do setor cresceu 1,04% nos primeiros cinco meses deste ano em relação a igual intervalo de 2008.
Na avaliação de Rodrigues, a melhor maneira de se enfrentar a acirrada concorrência é reduzir os custos e melhorar a produtividade. "O melhor caminho para otimizar os trabalhos é investir em tecnologia e capacitação profissional. Dessa forma, os processos tornam-se mais rápidos e mais baratos", destacou.
Este é o caso do Super Nosso, que possui 16 unidades na Capital, quatro das quais com a bandeira Apoio Mineiro. Segundo o diretor-executivo da empresa, Euler Fuad, a rede aplica 5% do faturamento mensal em softwares e harwares. Por meio de programas on line, o grupo administra uma série de procedimentos, como relatórios de desempenho das vendas, resultados comerciais, despesas gerais e controle de estoque.
"É claro que a informatização dos procedimentos traz a necessidade de capacitar a mão-de-obra. Em alguns casos, a automatização substitui a execução mecânica de tarefas, custando alguns empregos. Mas, principalmente no que se refere ao atendimento ao consumidor, não há alterações no quadro de funcionários", explicou o diretor-executivo.
Fuad destacou ainda que o Super Nosso considera o processo de informatização das lojas tão importante que já implementou um diretoria para o setor. "O fluxo de informações e seu dinamismo são fundamentais para a tomada de decisões na empresa. Por isso, estamos investindo em tecnologia", justificou o diretor.
No Supermercados BH, com 40 lojas em Belo Horizonte e mais 49 espalhados pelo Estado, 100% dos procedimentos estão informatizados. Segundo o gerente de Tecnologia de Informação da rede, Eduardo Rodrigues Galvão, a empresa já automatizou todos os processos, desde a leitura dos códigos de barras das mercadorias nos pontos de venda (caixas), até a visualização dos resultados.
O gerente explicou que "a partir do momento em que algum procedimento é automatizado, a capacitação profissional torna-se necessária para adaptar a mão-de-obra às novas características da tarefa". Ele informou que a rede possui 100 estações de trabalho e 12 funcionários que cuidam, especificamente, da manutenção e acompanhamento do sistema.
Conforme Galvão, a empresa não destina uma percentagem específica do faturamento para investimentos em informatização. De acordo com a demanda por serviços ou novos equipamentos na área, os recursos são liberados. O grupo administra, via softwares, os resultados financeiros de todas as lojas, além de controlar os níveis de estoque e pedidos de mercadorias.
Veículo: Diário do Comércio - MG