O calor pode incomodar muita gente, mas não a indústria nacional de cervejas. Depois de registrar o outubro mais quente desde a década de 60 em várias regiões do país (segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia), as vendas de cerveja naquele mês tiveram alta de 12% em volume e 18% em faturamento, segundo a Nielsen. Tal elevação, segundo o instituto de pesquisas de mercado, não ocorria em um mês de outubro há pelo menos cinco anos.
No acumulado dos dez primeiros meses de 2009, a indústria cervejeira vendeu 6,298 bilhões de litros, com faturamento de R$ 25,587 bilhões. Só em outubro, as vendas somaram 645 milhões litros. Foram 575 milhões em igual período do ano passado. O faturamento, na mesma comparação, subiu de R$ 2,2 bilhões para R$ 2,6 bilhões. Nas áreas pesquisadas pela Nielsen, a Grande São Paulo foi a que teve maior aumento de consumo em volume: 32% no mês.
"Temos a fórmula que mais faz vender cerveja: calor e dinheiro no bolso do consumidor", diz Adalberto Viviani, consultor especializado em bebidas.
"Em função de uma melhora substancial na temperatura média e da proximidade das festas de fim de ano, o mês de novembro deverá ser ainda melhor para a indústria", prevê Paulo Macedo, diretor de relações externas da Femsa Mercosul, fabricante da Kaiser e da Heineken no Brasil. (LC)
Veículo: Valor Econômico