Coca-Cola planeja triplicar vendas na China

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Bebidas: Para cumprir a meta em 10 anos, multinacional vai aumentar número de engarrafadoras no país


   
A Coca-Cola, maior fabricante de refrigerantes do mundo, pretende mais que dobrar o número de suas unidades engarrafadoras na China na próxima década, como parte das medidas para triplicar suas vendas entre a classe média do país, que vem crescendo em ritmo acelerado.

 

Doug Jackson, presidente da unidade de negócios da Coca-Cola na China, disse que a companhia também pretende distribuir um número até seis vezes maior de refrigerantes com a marca Coca-Cola para estabelecimentos comerciais, bares e restaurantes no país nos próximos dez anos, empregando uma força de vendas ampliada para chegar a um adicional de 4,7 milhões de pontos de venda.

 

"Cresceremos mais que o setor", disse ele a investidores em Atlanta na semana passada, observando que as vendas de bebidas não alcoólicas na China devem triplicar para 30 bilhões de caixas até 2020.

 

Os planos de crescimento da Coca-Cola no mercado chinês são uma parte importante do esforço geral da multinacional para dobrar suas receitas globais - e as de suas engarrafadoras -, dos atuais quase US$ 100 bilhões para US$ 200 bilhões nos próximos dez anos.

 

Executivos da Coca-Cola acreditam que 60% do novo crescimento virá da China, Índia e outros mercados emergentes, com mercados desenvolvidos como a Europa e os Estados Unidos respondendo por apenas 15%.

 

A China, que já é o terceiro maior mercado da Coca-Cola em receitas, tem um consumo médio per capita de 28 produtos da marca por ano - igual ao de países pobres africanos e muito abaixo dos 199 produtos Coca-Cola consumidos per capita no Brasil no ano passado.

 

Sem fornecer números, Jackson disse que haverá um investimento "significativo e substancial" nas unidades de engarrafamento e nos novos refrigerantes, que normalmente são usados pela Coca-Cola para conduzir o aumento das vendas.

 

A companhia pretende aumentar a penetração dos refrigerantes de cerca de 7 entre cada 10 mil pessoas para cerca de 40 até 2020, o que ainda ficará abaixo dos níveis de 50 a 60 por 10 mil pessoas registrados na América Latina. "Ainda não alcançamos a América Latina... Mas é absolutamente vital que tomemos controle dos pontos de venda", disse o executivo.

 

A Coca-Cola é a maior marca de refrigerantes da China, com quase 15% do mercado de bebidas embaladas, embora ela perca para os competidores locais de chás e sucos. Seu volume de vendas no mercado chinês é mais ou meno o dobro do da PepsiCo, sua maior concorrente global.

 

Jackson também acredita que a marca de água Vitamin Water, lançada este mês em Pequim e Xangai, será uma das seis marcas da Coca-Cola com vendas anuais superiores a US$ 1 bilhão até 2020. Os comentários surgem depois das ambições da Coca-Cola na China terem sofrido um revés este ano, quando o governo chinês bloqueou sua proposta de aquisição de US$ 2,4 bilhões pela Huiyuan, a principal marca de sucos do país, naquela que teria sido a maior compra de controle por um estrangeiro no país.

 

Veículo: Valor Econômico


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