Heineken pode comprar divisão de cerveja da Femsa por US$ 8 bi

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A Heineken NV está próxima de um acordo para comprar a divisão de cerveja da Femsa por cerca de US$ 8 bilhões, disseram pessoas a par da questão. A transação seria um final surpreendente para o leilão da cervejaria mexicana, dona de marcas como Kaiser e Sol, e continuaria uma onda de consolidação no setor.

 

A cervejaria holandesa emergiu como a provável compradora da divisão de cerveja da Fomento Económico Mexicano SAB, como é formalmente chamada a Femsa, depois que a britânica SABMiller PLC, considerada por muitos como a favorita, saiu do leilão.

 

Um acordo pode ser anunciado esta semana, mas a situação pode mudar e não há garantia de que a Heineken selará o negócio.

 

A compra da divisão de cerveja da Femsa daria à Heineken uma grande participação no México, um dos mercados mais lucrativos do mundo. Também a tornaria uma concorrente mais forte da Anheuser-Busch InBev NV no México e no Brasil. A compra da Femsa também poderia dar à Heineken oportunidades de crescimento nos Estados Unidos, onde as marcas Tecate e Dos Equis da mexicana têm tido saudáveis crescimentos das vendas. A Heineken é a importadora exclusiva das marcas Femsa nos EUA.

 

Não está claro como um acordo seria estruturado. No passado, pessoas a par da questão disseram que as famílias que controlam a Femsa queriam ter participação numa empresa cervejeira maior, não dinheiro.

 

Porta-vozes da Femsa, da Heineken e da SABMiller recusaram-se a comentar ou não puderam ser encontrados de imediato.

 

A Femsa, cujas raízes remontam a uma cervejaria fundada em 1890 em Monterrey, no México, é formada por três divisões: refrigerantes, cerveja e uma varejista, a rede de lojas de conveniência Oxxo. A operação de cerveja tem faturamento anual de aproximadamente US$ 4 bilhões.

 

A divisão Coca-Cola Femsa é a maior engarrafadora da Coca na América Latina, em volume. A Coca-Cola Co. é dona de 32% da engarrafadora, com 15% nas mãos do público investidor.

 

As ações da Femsa subiram firmememente desde que a empresa confirmou, no início de outubro, que estava em negociações com "várias partes para explorar oportunidades envolvendo sua divisão de cerveja".

 

Uma onda de consolidação no mercado mundial de cerveja que culminou na compra, em novembro de 2008, da americana Anheuser-Busch Cos. pela belgo-brasileira InBev NV por US$ 52 bilhões pôs pressão sobre as cervejarias menores para que se aliem a maiores.
 

 

Veículo: Valor Econômico


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