Após registrarem fortes quedas nos dois últimos pregões de 2009, as cotações do suco de laranja voltaram a subir na primeira sessão de 2010 na bolsa de Nova York. O salto não compensou integralmente os tombos, mas manteve a commodity em um patamar cerca de 70% superior ao observado no mesmo período do ano passado.
Segundo agências internacionais de notícias, a valorização de ontem foi provocada, em grande medida, por ajustes de posições depois das perdas do fim do ano passado. Mas tais ajustes, "altistas", encontraram mais fôlego com novas previsões meteorológicas adversas para regiões produtoras de laranja da Flórida.
O frio intenso no Estado americano que abriga o segundo maior parque citrícola do mundo - menor apenas que o de São Paulo - vem sendo decisivo, até pelos danos que já provocou nos pomares, para a curva ascendente das cotações no mercado nova-iorquino nos últimos meses.
Os contratos com vencimento em janeiro debutaram em 2010 com ganho de 455 pontos em relação à sessão de 30 de dezembro e fecharam a US$ 1,2855 por libra-peso. Já os papéis para entrega em março subiram 450 pontos e alcançaram US$ 1,3355.
Traders consultados pela agência Dow Jones Newswires não deixaram de notar que os movimentos de ajuste conduzidos por grandes fundos de investimentos também tiveram estreita ligação com a queda do valor do dólar em relação a outras moedas - o real inclusive.
O mercado spot de laranja de São Paulo vem reagindo positivamente à tendência de alta em Nova York. A laranja destinada às indústrias permaneceu ontem acima de R$ 7 - R$ 7,02, em média -, com alta de 0,14% nos últimos cinco dias, de acordo com levantamento do Cepea/Esalq. Ainda assim, é menos do que o custo de produção.
Veículo: Valor Econômico