Assim como acontece nos estádios do Brasil, durante os jogos da Copa do Mundo da África do Sul, os torcedores presentes nos estádios e parques com telões só poderão tomar cerveja servida em copos plásticos. Nada de latas ou garrafas. Isso obrigaria a Anheuser Busch InBev, patrocinadora oficial do torneio, a enviar da Europa para o país africano milhares de barris de chope, por avião e barco, uma vez que a companhia não tem presença no continente. A operação não sairia nada barata. Sendo assim, a fabricante da Budweiser divulgou há algumas semanas que não irá fornecer cerveja para os torcedores fora dos estádios da Copa. O motivo da operação foi "corte de custos", disse um analista da BernsteinResearch.
Quem saiu ganhando foi a concorrente SABMiller, maior cervejaria do país africano, que terá direito de venda das marcas Castle Lager e Castle Lite durante os jogos nos "fan parks". Com isso, a AB InBev deixará de vender de 8 milhões a 10 milhões de copos de Bud, algo entre 40 mil e 50 mil hectolitros. Embora vá faturar com a venda das bebidas, a SAB não terá exposição de suas marcas. Os copos não poderão ser usados como material promocional. Mas "haverá algum nível de identificação das marcas", disse Nigel Fairbrass, porta-voz da SABMiller, à Reuters.(LC)
Veículo: Valor Econômico