Opções a partir de R$ 5,89 disputam espaço com os populares nacionais. Quantidade garante preço baixo
Quem não dispensa um bom vinho encontra opções de importados bem acessíveis nas prateleiras dos supermercados, principalmente os argentinos e chilenos. Alguns saem por até R$ 5,89, média das opções mais baratas do mercado nacional. No geral, a faixa de preço dos vizinhos varia entre R$ 10 e R$ 20.
Pesquisa feita em quatro supermercados da capital — Walmart, Carrefour, Extra e Pão de Açúcar — mostra que a variedade dos produtos desses países é imensa. Mas não são apenas os latinos-americanos que preocupam os produtores brasileiros. Para quem aprecia os vinhos europeus, há italianos por R$ 9,90 e portugueses por R$ 11,79.
Segundo as distribuidoras e importadoras ouvidas pela reportagem, a quantidade comprada pelos revendedores afeta o preço do produto.Todos lembram, no entanto, que a origem não garante a qualidade do produto seja superior às opções nacionais.
Nesta semana, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou a adoção de um selo fiscal a ser usado nas garrafas de vinho, como forma de inibir a informalidade. Essa era uma reivindicação dos produtores, que aproveitaram para se queixar dos baixos preços dos importados.
Novo selo não altera preços
O novo selo fiscal para as garrafas de vinho — que também será aplicado nos importados — não afetará o preço do produto. A informação foi divulgada pelo Sindivinho (sindicato dos produtores), durante congresso no Rio Grande do Sul. A nova medida entrará em vigor ainda neste ano, segundo o Ministério da Fazenda.
A carga tributária das fábricas não sofrerá reajuste e, segundo o ministro, os produtores poderão creditar o valor do selo no pagamento de PIS/Cofins. O custo de cada etiqueta deve ser baixo, saindo a cerca de R$ 0,02 por garrafa, segundo estimativa.
O selo será produzido pela Casa da Moeda e, apesar dos grandes produtores o aprovarem, ele sofre resistência entre os produtores artesanais, que temem não cumprir os requisitos para ganhar o direito a usá-lo. O sindicato prevê que a concorrência desleal com esses fabricantes cairá. Enquanto isso, Mantega estima que dentro de dois meses o selo estará pronto.
Veículo: Diário de São Paulo