O risco de desabastecimento de latas e de rótulos aos fabricantes de cerveja em ano de Copa do Mundo levou ontem o governo a reduzir o imposto de importação na compra no exterior desses dois insumos da indústria de bebidas. Por decisão dos ministros que integram a Câmara de Comércio Exterior (Camex), o imposto de importação passa de 16% para 2% na compra no exterior de latas de alumínio e de 14% para 2% na aquisição de rótulos de cervejas, que são feitos com papel específico para esse fim e sem similar nacional.
A secretária-executiva do órgão, Lytha Spíndola, informou que a medida foi tomada a pedido da indústria, que informou que no primeiro semestre deste ano as vendas aumentaram 15% no país. Além da preparação para os jogos da Copa, o aumento da renda do brasileiro e as temperaturas elevadas contribuíram para o maior consumo. Os representantes das indústrias de cerveja também informaram ao governo que os fabricantes nacionais de latas de alumínio estão operando com níveis máximos de sua capacidade. A redução do imposto de importação terá validade por seis meses.
Em outra medida, a Camex alterou a forma de cobrança do antidumping incidente sobre as importações brasileiras de glifosato oriundas da China. O glifosato é um herbicida que combate ervas daninhas largamente utilizado por agricultores. Nessa modificação, a Camex substitui a alíquota de 2,1% por um direito antidumping móvel. Lytha disse que a medida é preventiva e considerou a manutenção da produção desse insumo no país. (LO)
Veículo: Valor Econômico