Investimentos na linha Coca-Cola serão destinados a ampliação de fábricas, melhora da distribuição e novos produtos para aproveitar o crescimento do mercado brasileiro
Em nova rodada de investimentos no mercado brasileiro de bebidas, a Coca-Cola Femsa destinará ao longo deste ano total de US$ 300 milhões (equivalente a R$ 500 milhões ) no país, um aumento de 50% em relação aos valores de 2010. A empresa, que pertence ao Grupo Femsa, do México, é a maior fabricante de produtos Coca-Cola na América Latina e a segunda em todo o mundo.
Para aproveitar as oportunidades do segmento, que tem progredido a altas taxas que levaram a empresa a crescer 13% até o terceiro trimestre do ano passado, a Coca-Cola Femsa aplicará a verba na ampliação de suas quatro fábricas, além de investir na melhora de sua distribuição e em novos produtos.
Dentro dessa estratégia estão os US$ 30 milhões (cerca de R$ 50 milhões) inseridos no que a empresa diz ser a maior linha de refrigerantes PET do mundo, inaugurada
ontem na fábrica de Jundiaí, em São Paulo. O local terá capacidade para produzir 450 milhões de caixas por ano.
Inaugurada em 1993 e com uma área construída de 68 mil metros quadrados, a unidade no interior paulista é a maior fábrica da Coca-Cola em todo o globo. O investimento na nova linha, entretanto, faz parte dos US$ 200 milhões investidos ao longo do ano passado no país.
“O Brasil é um dos mercados prioritários para nós e esses investimentos vão manter os bons níveis de crescimento da companhia no país”, afirma Carlos Salazar, presidente mundial da Coca-Cola Femsa.
Frente ao mercado
Por atuar em um mercado pulverizado, onde tem que enfrentar a concorrência de pequenos fabricantes em determinadas regiões, a Coca-Cola Femsa adequa o preço de seus produtos de acordo como local de sua comercialização. “Nosso foco é satisfazer o consumidor. O que determina nosso preço é o mercado e a região em que o produto está inserido”, afirma Ricardo Botelho, presidente da Coca-Cola Femsa no Brasil. Segundo ele, os investimentos deste ano devem se concentrar na ampliação das unidades já existentes. Botelho diz ainda que não está prevista a abertura de uma nova fábrica. “Nossas iniciativas são programadas para um horizonte de cinco anos e temos que manter esse crescimento de dois dígitos”, afirma.
No Brasil
Além da nova linha inaugurada na unidade de Jundiaí, a Coca-Cola Femsa investiu R$ 35 milhões para ampliar em 20% a capacidade de produção de sua linha de refrigerantes na unidade de Belo Horizonte (MG). Além destas, a companhia mantém no Brasil uma fábrica em Mogi das Cruzes-SP e outra em Campo Grande-MS.
Os recentes investimentos em fábricas e o aumento em 50% da verba destinada para o país neste ano são mostras do dinheiro que a companhia sediada no México tem em caixa como resultado da venda, por US$ 7,7 bilhões (cerca de R$ 13,3 bilhões), de seu portfólio de cervejas para a Heineken no início do ano passado.
No Brasil, a Femsa é responsável por 28% da fabricação total de produtos Coca-Cola, sendo responsável pela distribuição dos itens nas cidades de São Paulo, Campinas e Santos, no estado paulista, além de todo o estado de Mato Grosso do Sul, parte do estado de Goiás e grande parte de Minas Gerais.
Veículo: Brasil Econômico