Vem aí aumento no preço da cerveja, dos refrigerantes, da água mineral e das tubaínas. O governo convocou anteontem os fabricantes do setor para comunicar que, depois de dois anos congelados, os impostos sobre esses produtos serão reajustados no próximo trimestre. A maioria das empresas considera que não há como absorver o impacto da medida sem repassar o aumento para os consumidores.
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, disse aos representantes das empresas que os impostos foram congelados na crise de 2008 como forma de estimular o setor. Agora, no entanto, o país estaria em outro momento -e o governo, não mais disposto a abrir mão de arrecadação.
Os empresários, por seu lado, tentaram argumentar que cumpriram os compromissos firmados com o governo na época do congelamento fazendo novos investimentos que, no ano passado, chegaram a R$ 5,4 bilhões, com a criação de 44 mil novos empregos. E que, se o reajuste nos impostos fosse adiado, novos compromissos poderiam ser firmados. Nada feito.
Veículo: Folha de S.Paulo