Expocachaça projeta até R$ 14 milhões em negócios

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A 15ª edição da Feira Internacional da Cachaça (Expocachaça), que será realizada entre os dias 25 de maio e 5 de junho, durante a Superagro, no complexo Parque da Gameleira/Expominas, prevê a realização de negócios entre R$ 10 milhões e R$ 14 milhões, levando-se em conta os contratos fechados ao longo da feira e no pós-evento. O grande desafio do setor é conquistar a redução dos impostos sobre a bebida, que representa cerca de 83% do valor final do produto artesanal, além de estimular a legalização dos alambiques.

 

De acordo com o diretor de Marketing da Expocachaça, José Lúcio Mendes, Minas Gerais possui a maior produção nacional de cachaça de alambique, com volume anual estimado em cerca de 260 milhões de litros, o que equivale a aproximadamente 60% da produção nacional. A produção da bebida gera aproximadamente 500 mil empregos diretos e indiretos no Estado.

 

Durante o evento será realizada uma mesa-redonda para discutir a ideia de transformar a caipirinha na bebida oficial da Copa do Mundo de 2014. O objetivo é estimular o consumo e a divulgação do produto brasileiro no mercado internacional através dos 600 mil turistas estrangeiros que comparecerão ao país para acompanhar o mundial.

 

Apesar do segmento passar por um momento positivo no mercado, a produção mineira ainda enfrenta gargalos como a alta taxa de imposto, a informalidade e a resistência em relação À união do setor através de cooperativas. Segundo Mendes, o ideal seria que o segmento se reunisse em cooperativas, legalizasse os processos produtivos e vendesse a cachaça com uma única marca.

 

Volume - Segundo Mendes, hoje existem cerca de 4 mil rótulos de cachaça disputando lugar no mercado que não comporta o volume de marcas. O ideal para a cachaça seria a união dos produtores e a redução do número de marcas disponibilizadas, como acontece com o uísque que possui entre 30 a 40 boas marcas.

 

"Estamos buscando junto ao governo soluções para reduzir os impostos sobre a cachaça, o que estimularia a produção legalizada. Além disso, também queremos conscientizar os produtores para que sejam formadas cooperativas. Nosso objetivo é reduzir o número de marcas no mercado, tornando as derivadas de cooperativas mais fortes. Ao invés de ter 40 alambiques produzindo 40 marcas diferentes podemos reunir em uma marca todos os produtores da região e tornar esta cachaça em um produto mais forte no mercado", disse.

 

A legalização dos alambiques no Estado poderá contribuir para a expansão das exportações de cachaça. De acordo com Mendes, o cenário no mercado internacional é favorável para o produto mineiro. O desafio é aumentar o volume de exportações da bebida, que hoje não chega a 1% da produção nacional, que é de 1,8 bilhão de litros ao ano.

 

A Expocachaça é um dos mais importantes eventos da bebida no país. A feira foi integrada à Superagro em 2005 e está consolidada como espaço para negócios, reunindo marcas da bebida de Minas e de outros estados para vendas no atacado e no varejo, máquinas e equipamentos para a produção e comercialização do destilado.

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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