As exportações de cachaça do Brasil devem subir graças à alta do dólar, segundo prevê Cesar Rosa, presidente do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac) e a IRB Tatuzinho 3 Fazendas, dona da marca Velho Barreiro. "Acreditamos em uma expansão, mas não posso fazer estimativas. Em época de crise, as pessoas bebem mais. Mas a cachaça ainda é uma gota no oceano de destilados mundo afora", diz ele, se referindo ao pouco conhecimento que o produto tem fora do mercado nacional.
Um dos maiores entraves para as empresas brasileiras que exportam cachaça, principalmente para os Estados Unidos, é a obrigatoriedade de constar no rótulo da bebida a expressão "Brazilian Rum". Essa definição, segundo o Ibrac, descaracteriza a bebida, gerando perda da identidade de um produto que é típico e exclusivo do Brasil. Por isso, o instituto contratou um escritório de advocacia nos EUA para, em conjunto com a Embaixada do Brasil, fazer pressão por uma mudança de legislação local.
Atualmente no Brasil existem cerca de 40 mil produtores, com 4.000 marcas. Desse total, 180 empresas exportam para 55 países. Os principais são a Alemanha, Estados Unidos, Portugal, Uruguai e Chile. A Tatuzinho, por exemplo, exporta para 40 países. Mas o faturamento com as vendas internacionais não chega a 3% da receita da empresa.
Veículo: Valor Econômico