Spaipa planeja investimento recorde de R$ 200 milhões

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A Spaipa, franqueada da Coca-Cola para o Paraná e interior de São Paulo, programou para 2011 o maior investimento de sua história. Estão previstos R$ 200 milhões para o ano, sendo R$ 145 milhões na expansão de sua unidade de Maringá, que vai ganhar uma nova linha de envase de refrigerantes. As obras estão em andamento e a inauguração deve acontecer no fim de outubro, para atender a demanda de verão.

 

A fábrica de Maringá havia passado por reformas em 2005. Em 2009, a empresa ampliou a unidade de Marília (SP) e agora vai colocar no interior do Paraná sua linha de maior capacidade individual, 35 mil litros por hora, volume 30% superior às existentes nas unidades do município paulista e de Curitiba. A capacidade da fábrica vai ter aumento de 122% e passará de 353 milhões de litros por ano para 784 milhões de litros, ou cerca de 35% do total.

 

"Nosso volume de vendas está crescendo e, com os investimentos que estamos fazendo, ficaremos supridos por dois a três anos, no mínimo", diz Daniel Herbert, presidente do conselho de acionistas da Spaipa. Com 3,1 mil empregados, a empresa tem fábricas em Curitiba e Maringá, no Paraná, e Marília e Bauru, em São Paulo. Ela investiu R$ 140 milhões em 2009 e R$ 80 milhões em 2010.

 

Dos R$ 200 milhões estimados para 2011, metade deve ser financiada pelo BNDES. Além da expansão da fábrica, estão sendo feitos investimentos em compras de geladeiras para pontos de venda (15 mil unidades) e renovação de frota. A próxima a entrar em projeto de ampliação deve ser a unidade de Curitiba, ainda sem data definida. Herbert explica que a transferência de produtos entre as áreas atendidas por cada uma das fábricas está diminuindo. Mas o envase em latas só é feito em Curitiba e em Marília.

 

Criada em 1995, a Spaipa faturou R$ 2,2 bilhões no ano passado, 15,4% mais que no exercício anterior. O lucro líquido cresceu 19,4%, para R$ 191 milhões. Herbert comenta que o aumento na demanda em 2010 foi excelente. Em 2011, está um pouco menor que o esperado. A meta era crescer 7% a 8% e, até agora, foram 5%, o que fez a empresa rever metas.

 

Como, nos últimos anos a Coca-Cola Company apostou nos segmentos de sucos e chás, com a compra da Sucos Mais e da Leão Júnior, essas áreas têm contribuído para bons resultados. O volume de vendas de não-carbonatados cresceu 60% no ano passado, de acordo com o empresário.

 

Questionado sobre o futuro da empresa, ele diz que o lançamento de ações no mercado "é sempre uma possibilidade", se for necessário para o crescimento. Afirma, no entanto, que o assunto não está em discussão no momento. E sobre aquisições? "Sobre fusões e aquisições há sempre discussões", conta, sem revelar detalhes.

 

Veículo: Valor Econômico


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